13 dez, 2019 - 19:50 • José Pedro Frazão, em Madrid, com redação
A Cimeira do Clima de Madrid (COP25) termina esta sexta-feira. O encontro vai prolongar-se até altas horas da noite para tentar alcançar um acordo, nomeadamente sobre a criação de um novo mercado de carbono.
Um dos pontos centrais de desacordo diz respeito à regulamentação do artigo 6 do Acordo de Paris, o que prevê a criação deste mercado.
Num ponto da situação aos jornalistas, o coordenador da presidência da COP25, Andrés Landerretche, explica que esta é uma "negociação muito complexa" e que os participantes vão “tentar um acordo até ao limite".
O coordenador da presidência da COP diz que o mercado de carbono é uma "prioridade da conferência". Os negociadores vão agora "limpar o texto" de uma negociação "muito complexa".
COP25
Secretário-geral da ONU sublinha a necessidade de (...)
Muitas organizações não-governamentais (ONG) consideram que é melhor não haver um acordo sobre o mercado de carbono do que ter um acordo mau.
"Não queremos ter um mau acordo. Se houver um acordo, é porque é bom", assegura Andrés Landerretche.
"Estou confiante num acordo, mas se calhar pode até ser um acordo na generalidade sobre o artigo 6, deixando os aspetos mais técnicos para sessões a organizar entre conferências. Mas não é um cenário que queremos para já considerar", sublinha.
A Cimeira do Clima vai prolongar-se pela noite e, eventualmente, pelas primeiras horas de sábado. “A partir de certa altura teremos mesmo que parar", admite o coordenador da presidência da COP25.
Os mecanismos de compensação por perdas e danos sofridos por países afetados pelas alterações climáticas e a revisão periódica dos objetivos nacionais de redução de emissões são os dois outros grandes assuntos em discussão para serem vertidos numa declaração final.