13 dez, 2019 - 08:01 • Redação com agências
Boris Johnson conseguiu maioria absoluta nas eleições do Reino Unido. O Partido Conservador do primeiro-ministro conseguiu 364 lugares na Câmara dos Comuns, contra 203 assentos dos trabalhistas, de Jeremy Corbyn, que já fez saber que se mantém na liderança do partido até à próxima ida às urnas.
“Vamos deixar a União Europeia a 31 de janeiro sem ses, sem mas, sem talvez”, garantiu Bori Johnson, esta manhã, num discurso de vitória em que agradeceu ao povo britânico ter saído para votar nestas eleições de dezembro.
“Estou honrado por terem depositado a vossa confiança em mim, nunca tomarei o vosso apoio por garantido”, afirmou o líder conservador,
aproveitando para apresentar o lema do seu novo Executivo: “O Governo do
Povo”.
“Parece que o Governo conservador foi outorgado com um novo e poderoso mandato para a fazer o Brexit e também para unir o país”. Para o líder, os conservadores conseguiram pôr de lado a ameaça de um segundo referendo e que a saída do Reino Unido da União Europeia é agora uma decisão “indiscutível”.
Boris Johnson prometeu que o “trabalho começa hoje”, após uma votação histórica, que dá ao Governo “a oportunidade de respeitar a vontade democrática do povo britânico, mudar para melhorar e libertar o potencial de todo o povo”.
Jeremy Corbyn admitiu durante a madrugada uma noite “muito dececionante” para o Labour (trabalhistas), adiantando que não será líder do partido nas próximas eleições gerais.
Já a líder dos Liberais-Democratas, Jo Swinson, anunciou a demissão depois de não conseguir ser reeleita para o Parlamento britânico, perdendo por 149 votos para o Partido Nacionalista Escocês de Nicola Sturgeon, o outro grande vencedor depois dos conservadores.
Os Liberais Democratas britânicos vão ter Ed Davey e Sal Brinton como líderes interinos até ser escolhido um substituto para Jo Swinson, que não conseguiu ser reeleita deputada na circunscrição de East Dunbartonshire.
É a maior maioria de sempre dos conservadores (Tories), desde a vitória de Margaret Tatcher, em 1987, e o pior resultados dos trabalhistas desde 1935.