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Governo acompanha com preocupação situação no Iraque e pede "máxima contenção”

03 jan, 2020 - 19:40 • Redação com Lusa

Os Estados Unidos mataram, esta sexta-feira, Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, visto por muitos como a segunda figura mais importante do regime. Teerão já prometeu "vingança".

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O Governo português está a acompanhar "com grande preocupação" os recentes desenvolvimentos no Iraque, após a morte de um alto comandante iraniano num ataque norte-americano em Bagdad, e apelou hoje à "máxima contenção" para evitar um agravamento da situação.

"Acompanhamos com grande preocupação os recentes desenvolvimentos no Iraque", referiu uma mensagem publicada na conta oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social Twitter.

"Apelamos à máxima contenção a fim de evitar o agravamento da situação, com sérias consequências para a paz, estabilidade e segurança regionais e globais", indicou a breve nota da diplomacia portuguesa.

Qassem Soleimani, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Qods, foi morto esta sexta-feira num ataque dos Estados Unidos com um 'drone' [aparelho aéreo não-tripulado], em Bagdad, juntamente com o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, Abu Mehdi al-Muhandis, e outras seis pessoas.

O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu, entretanto, vingar a morte de Soleimani e o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano disse que a vingança ocorrerá "no lugar e na hora certos".

O diferendo entre os Estados Unidos e o Irão é longo e a tensão tem vindo a subir de tom desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou unilateralmente, em meados de 2018, Washington do acordo internacional sobre o dossiê nuclear iraniano (firmado em 2015), e decidiu restaurar sanções devastadoras para a economia iraniana.

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