04 jan, 2020 - 22:57 • Lusa
Dezenas de milhares de iraquianos, incluindo governantes, participaram do funeral das vítimas do ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdad, na sexta-feira, que provocou uma escalada de tensão no Médio Oriente.
Dezenas de milhares de iranianos choravam enquanto queimavam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, na despedida às vítimas de um ataque aéreo norte-americano a uma caravana militar em Bagdad em que morreu o comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani.
Enquanto decorriam as cerimónias fúnebres, foguetes e morteiros atingiram a zona onde está situada a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad, cujas forças de segurança de imediato ativaram mecanismos de defesa, incluindo aviões não tripulados (‘drones').
Comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o g(...)
Segundo agências internacionais, no cortejo fúnebre desfilaram vários líderes iraquianos, que pararam em frente dos caixões, particularmente o de Abu Mehdi al-Mohandis, número dois da coligação paramilitar pró-iraniana.
Durante a cobertura mediática da cerimónia fúnebre, a televisão estatal iraquiana acusou os Estados Unidos de estarem a voltar a atacar o Iraque, referindo-se a uma nova ofensiva, na sexta-feira, em que pelo menos cinco pessoas morreram, a norte de Bagdad, que teve como alvo dois veículos de membros da Hachad al-Chaabi, a milícia iraquiana apoiada pelo Irão.
No domingo, o parlamento iraquiano realizará uma sessão extraordinária, durante a qual será denunciado o acordo que enquadra a presença dos cerca de cinco mil solidados norte-americanos no país.
"Todo o parlamentar que não comparecer à votação para expulsar o ocupante do Iraque será um traidor da pátria", alertou um deputado pró-iraniano na sua conta pessoal da rede social Twitter.