Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

#MeToo. Harvey Weinstein começa a ser julgado em Nova Iorque

06 jan, 2020 - 14:09 • Redação com agências

O movimento #MeToo começou em 2017 quando várias mulheres, entre as quais a atriz Gwyneth Paltrow, acusaram o produtor Harvey Weinstein de abusos sexuais. O julgamento que esta segunda-feira se inicia está a ser visto como um marco histórico no combate a estes crimes.

A+ / A-

O julgamento de Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema norte-americano acusado de assédio sexual e violação, começa esta segunda-feira, em Nova Iorque.

As acusações contra Weinstein, atualmente com 67 anos, começaram em 2017 e foram divulgadas pelas publicações norte-americanas “New York Times” e “The New Yorker”.

O reconhecido produtor de filmes como “O Senhor dos Anéis” e “Sacanas Sem Lei” tem-se declarado sempre inocente, afirmando que todos os atos sexuais de que é acusado foram consensuais.

O movimento #MeToo, que permitiu que muitas mulheres denunciassem uma cultura de crimes sexuais existente, em particular em contexto de trabalho, começou exatamente com a publicação destas acusações contra Harvey Weinstein.

Dois anos depois, mais de 80 mulheres divulgaram situações de abusos sexuais perpretadas pelo ex-produtor, mas apenas 29 instauraram processos em tribunal.

Muitas destas são atrizes de Hollywood, mundialmente famosas, como Annabella Sciorra, Gwyneth Paltrow, Ashley Judd e Rosanna Arquette, que possivelmente serão testemunhas no Supremo Tribunal de Nova Iorque, onde decorre o processo.

O caso centra-se, sobretudo, em duas acusações de violação. Uma das vítimas, alegadamente violada em 2006, seria uma assistente de produção com quem Weinstein estaria a trabalhar.

Se o ex-produtor for condenado pelos dois principais crimes de que está acusado poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua, de acordo com a lei penal norte-americana.

O facto de Weinstein estar a ser julgado é considerado um passo histórico no combate destes crimes, silenciados, sobretudo em Hollywood, durante várias décadas.

As acusações de que foi alvo arruinaram a sua carreira profissional, levando a que a empresa cinematográfica, que Harvey Weinstein tinha fundado, em 2005, chamada “The Weinstein Co”, declarasse insolvência em março de 2018.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+