11 jan, 2020 - 00:23
Os Estados Unidos restringiram drasticamente a partir de sexta-feira os voos entre o seu território e Cuba, para reduzir as receitas do turismo da ilha, que Havana usa, diz Washington, para apoiar o regime de Nicolas Maduro na Venezuela.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse em comunicado que os voos "charter" passam a ser autorizados apenas a viajar para a capital de Cuba, Havana, e não para outros aeroportos do país, uma medida já aprovada em 25 de outubro para voos comerciais.
"Hoje, a meu pedido, o Departamento de Transportes dos EUA suspendeu todos os voos públicos entre os Estados Unidos e destinos cubanos que não o Aeroporto Internacional de Havana até novo aviso", revelou Pompeo, acrescentando que mesmo os voos para Havana serão limitados a "um número apropriado" que não especificou. "Nove aeroportos cubanos que atualmente recebem voos ‘charter’ dos EUA serão afetados" pela decisão, anunciou o secretário de Estado, acrescentando que as companhias aéreas têm 60 dias para cessar as operações.
De acordo com Pompeo, esta medida "reduzirá ainda mais a capacidade do regime cubano de beneficiar das receitas do turismo, que usa para financiar a repressão do povo cubano e dar o seu apoio injustificável ao ditador Nicolas Maduro na Venezuela".
A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já havia rompido com a política de aproximação do seu antecessor Barack Obama, e vem fortalecendo o embargo económico a Cuba, em vigor desde 1962, para forçar Havana a renunciar ao seu apoio ao líder venezuelano.