20 jan, 2020 - 12:34 • Redação com agências
Os incêndios que deflagram na Austrália, desde agosto do ano passado, permanecem incontroláveis, mas, nos últimos dias, várias zonas do país estão a ser afetadas por outras intempéries climáticas: desde fortes quedas de granizo e inundações até tempestades de areia.
Estes fenómenos climáticos recentes, apesar de também estarem a provocar danos e a causar alguns feridos ligeiros, estão a ajudar no combate aos fogos que já causaram, pelo menos, 29 mortos e colocaram em risco 327 espécies protegidas de animais e plantas, destruindo até 80% dos habitats, de acordo com um relatório divulgado, esta segunda-feira, pelo Governo australiano.
Nova Gales do Sul (NGS), uma das zonas mais afetadas pelos incêndios, está agora a enfrentar também inundações repentinas, que estão a causar alguma preocupação, devido aos detritos deixados pelo fogo, que dificultam o escoamento das águas.
No domingo, para a zona oeste de NGS estava também prevista uma forte queda de água, mas a população foi surpreendida por uma tempestade de areia.
Canberra, capital da Austrália e uma das poucas zonas que tem escapado aos incêndios, foi atingida por uma queda de blocos de granizo que causou danos em veículos e edifícios.
O serviço de emergência recebeu mais de 1200 pedidos de ajuda após a tempestade, que durou cerca de 15 minutos.
Entretanto, as condições meteorológicas desta segunda-feira são temporárias e as previsões apontam para a continuação desta instabilidade. Na quarta e quinta-feira é esperado um aumento de temperatura, mas, na sexta-feira, há previsão de chuva.
Apesar da dimensão ser cada vez maior, estes fenómenos climáticos não são inéditos no país e têm vindo a acontecer, com mais frequência, nos últimos anos. Em fevereiro de 2019, há quase um ano atrás, vivia-se uma situação semelhante na Austrália.
O índice de desempenho no combate às alterações climáticas - uma organização independente que monitoriza o nível de empenho dos países na proteção do clima - coloca a Austrália no final da lista: está na 56ª posição, de um total de 61 países avaliados.
Portugal consta também desta lista, aparecendo em 25º lugar, à frente de Itália e Espanha.