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Marido de Isabel dos Santos diz que Rui Pinto é “braço armado do complot” do Luanda Leaks

20 jan, 2020 - 09:23

Empresária angola diz-se vítima de racismo e preconceito e fala em mentira.

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O marido de Isabel dos Santos diz que o ‘hacker’ português é o braço armado do "complot" por detrás do Luanda Leaks que junta ainda o presidente de Angola e o antigo vice-presidente, Manuel Vicente.

Sindika Dokolo reage à investigação do consórcio internacional de jornalistas, que em Portugal é integrado pelo “Expresso”. Segundo o semanário, durante seis meses, entre maio a novembro de 2017, no último terço do seu mandato à frente da Sonangol, Isabel dos Santos fez com que a petrolífera estatal angolana para a qual tinha sido nomeada pelo pai, quando José Eduardo dos Santos era ainda presidente de Angola, transferisse pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai.

“Nós sabíamos que várias das nossas empresas tinham sido alvo de um ‘hacker’ português. Estes documentos foram guardados e estão, hoje, a ser instrumentalizados para controlar por completo os nossos bens no estrangeiro. Eles utilizam os órgãos de comunicação social para manipular a opinião dos governos”, disse o marido da empresária angolana em entrevista à RFI.

Nestas declarações, Sindika Dokolo também questiona o papel das autoridades de Angola neste processo. “É uma batalha que o regime pretende fazer em nome da luta contra a corrupção, mas ele não ataca os mandatários das empresas públicas acusados de desvio de fundos, ataca apenas uma família que opera no setor privado”, acusa.

Segundo o semanário, durante seis meses, entre maio a novembro de 2017, no último terço do seu mandato à frente da Sonangol, Isabel dos Santos fez com que a petrolífera estatal angolana para a qual tinha sido nomeada pelo pai, quando José Eduardo dos Santos era ainda presidente de Angola, transferisse pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai.

Ainda segundo o Expresso, as verbas foram justificadas como pagamento de serviços de consultoria prestados à Sonangol. As transferências tiveram como destino uma conta bancária de uma companhia offshore, a Matter Business Solutions, controlada pelo principal advogado da empresária angolana, o português Jorge Brito Pereira, sócio da Uría Menéndez, o escritório de Proença de Carvalho.

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