22 jan, 2020 - 09:49 • Redação com agências
O coronavírus já chegou a Hong Kong, adianta a agência Reuters. A informação é avançada por vários canais de televisão, sem citar fontes.
As autoridades chinesas apelaram à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral que infetou centenas pode alastrar ainda mais.
Vários países com ligações aéreas diretas ou indiretas a Wuhan estão a efetuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.
Em Macau, as autoridades anunciaram que vão verificar individualmente os passageiros provenientes de Wuhan, "por via aérea, marítima ou terrestre".
O número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detetada no mês passado em Wuhan, no centro da China. No total, há 440 casos confirmados, em 13 jurisdições do país, anunciou o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde.
Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
Fora da China, foram ainda confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan, EUA e Macau todos também oriundos de Wuhan.
As autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan, de onde se suspeita que o vírus é originário, e alertou que o vírus está a sofrer mutações.
Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente.
Estes casos alimentam receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.