23 jan, 2020 - 09:50 • Marta Grosso
O número de mortos na China na sequência do coronavírus mantém-se nos 17. Nesta quinta-feira de manhã, a Sky News avançava um novo balanço (que apontava para 25 mortos), mas acabou por corrigir a notícia, dizendo que houve um erro de tradução.
De acordo com a cadeia britânica, as 17 vítimas mortais são 13 homens e quatro mulheres com idades superiores a 60 anos. Dez já sofriam de dificuldades respiratórias.
A notícia corrigida centra-se agora no facto de haver uma segunda cidade isolada por causa da epidemia: Huanggang, situada a 65 quilómetros de distância, onde os moradores foram instruídos a não sair da cidade, a não ser em caso de necessidade.
Wuhan, considerada o epicentro do surto, já foi isolada e colocada de quarentena. Toda a rede de transportes (comboios, autocarros, ferries e metro) foi suspensa e os 11 milhões de habitantes têm ordem para usar máscaras nos locais públicos e no trabalho.
De acordo com o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China, “tentar conter uma cidade de 11 milhões de pessoas é algo novo na ciência. Nunca foi tentado antes em termos de medida de saúde pública e, nesta altura, não podemos dizer se irá resultar ou não”.
Coronavírus
Alerta publicado pelo Ministério dos Negócios Estr(...)
O coronavírus – uma nova infeção viral, que pode causar pneumonia e que se transmite de pessoa para pessoa – não tem ainda uma vacina.
Os sintomas incluem febre, tosse e dificuldade em respirar.
Embora a origem desta nova estirpe ainda não tenha sido identificada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que a fonte primária tenha sido um animal.
Na quarta-feira, a organização reuniu o seu Comité de Emergência (formado por especialistas de diversos países, incluindo epidemiologistas chineses) para decidir se declara emergência de saúde pública internacional.
O vírus teve origem na cidade central de Wuhan, na província de Hubei, no final de 2019 e, desde então, tem vindo a espalhar-se para Pequim, Xangai, tendo já chegado aos territórios autónomos de Macau e Hong Kong. Recorde-se que o surto surge numa altura em que, na China, milhões de pessoas se deslocam pelo país e arredores para comemorar o novo ano lunar.
Fora da China, há relatos de casos nos Estados Unidos, na Tailândia, na Coreia do Sul, no Japão e em Taiwan (Formosa). Tudo de pessoas que haviam estado recentemente em Wuhan.
[Notícia atualizada às 10h20, com correção do balanço]