24 jan, 2020 - 19:45 • Redação
O número de casos em França do novo coronavírus detetado na China é já de três, os primeiros detetados na Europa, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Saúde francês.
De acordo com um comunicado divulgado pela tutela, citado pela agência France-Presse, o terceiro caso, um “parente próximo” de um dos outros dois diagnosticados inicialmente, estava “sob investigação” e “acaba de ser confirmado”.
As três pessoas estiveram na China e estão hospitalizadas em Bordéus e Paris, com medidas de "isolamento". O ministério anunciou que para cada um dos casos diagnosticados foi iniciada uma “investigação epidemiológica”.
A ministra da Saúde francesa, Agnes Buzyn, admitiu o surgimento de mais casos.
O novo vírus, que causa pneumonias, foi detetado na China no final de 2019 e já provocou a morte a pelo menos 25 pessoas. No território continental chinês há registo de mais de 800 pessoas infetadas e cerca de 1.000 casos suspeitos, tendo sido detetados outros casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.
As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas --- Wuhan, a as vizinhas Huanggang e Ezhou. Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.
Em Portugal, e Direção Geral de Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para ‘moderado’ o risco de contágio na União Europeia (UE), continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), reunido terça e quarta-feira, em Genebra, na Suíça, optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, receando que seja demasiado cedo, embora reconheça que há esse risco.
Os primeiros casos do vírus “2019 -- nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral. Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.