29 jan, 2020 - 18:12 • Redação com agências
A Administração Trump tenta impedir a publicação do livro do antigo conselheiro de segurança nacional John Bolton, com possíveis revelações comprometedoras para o Presidente norte-americano, que está a ser alvo de um processo de destituição.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pela estação de televisão CNN e pelo site de informação Axios, que citam fontes próximas do processo.
A Casa Branca enviou uma carta a John Bolton com uma "ameaça formal" para que não publique o livro de memórias "The Room Where It Happened: A White House Memoir", indica a CNN.
O manuscrito de Bolton “parece conter quantidades significativas de informação classificada”, argumenta a missiva da Casa Branca, citada pela agência Reuters.
O Presidente norte-americano lançou esta quarta-feira duras críticas ao seu antigo conselheiro de segurança nacional.
Bolton "não conseguiu ser aprovado para embaixador nas Nações Unidas, há uns anos, não conseguiu aprovação para nada desde então, implorou-me por um cargo que não precisasse de aprovação do Senado", escreveu Donald Trump na rede social Twitter.
"Se eu lhe desse ouvidos, por esta altura já estávamos na 6.ª Guerra Mundial", atirou Trump sobre o ex-conselheiro de segurança nacional, que deixou a Casa Branca em setembro do ano passado.
O Presidente continuou as sua bateria de críticas, lamentando que Bolton escreva um livro "desagradável e falso" com informações "classificadas".
O antigo conselheiro de segurança nacional John Bolton escreveu que o Presidente norte-americano, Donald Trump, lhe disse que queria congelar apoio militar à Ucrânia enquanto Kiev investigasse o adversário democrata Joe Biden, avançou esta segunda-feira o “The New York Times”.
A revelação potencialmente comprometedora para Trump, que está a ser alvo de um processo de destituição, está no manuscrito do livro, que ainda não foi publicado, adianta o jornal norte-americano.
A oposição democrata pretende que John Bolton seja ouvido no julgamento de destituição, que decorre no Senado, mas a maioria republicana não está interessada em aceitar novas provas ou testemunhos nesta fase final do processo.