31 jan, 2020 - 07:47 • Lusa
O Brexit vai ser celebrado com um discurso do primeiro-ministro britânico e manifestações populares a favor e contra a saída do Reino Unido da União Europeia, mas a angariação de fundos para fazer tocar o emblemático Big Ben falhou.
Boris Johnson vai dirigir-se à nação com um discurso gravado antecipadamente e que vai ser transmitido às 22h00, onde vai promover uma mensagem de que o país tem uma oportunidade única para desenvolver todo o seu potencial.
"O nosso trabalho como governo – o meu trabalho – é unir este país e levar-nos em frente. E a coisa mais importante a dizer hoje à noite é que isto não é um fim, mas um começo. É o momento em que o amanhecer se abre e a cortina sobe para um novo ato. É um momento de verdadeira renovação e mudança nacional", vai dizer, segundo um excerto divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.
Na parede exterior do edifício da residência oficial em Downing Street vai ser projetada uma instalação luminosa, incluindo um relógio em contagem decrescente até às 23h00 (locais e GMT, meia-noite em Bruxelas), hora oficial da saída da UE.
Os edifícios governamentais na zona de Westminster vão ser iluminados e bandeiras nacionais içadas em redor da Praça do Parlamento, onde, à margem das comemorações oficiais, o movimento "Leave Means Leave", de Nigel Farage, que fez campanha pelo Brexit, foi autorizado a fazer uma festa das 21h00 às 23h15.
Sem autorização para lançar fogo de artifício, tocar música ou vender álcool, a celebração vai ser marcada por uma série de discursos, nomeadamente do próprio Farage, do proprietário da rede de ‘pubs' Wetherspoons, Tim Martin, da radialista Julia Hartley-Brewer e da antiga eurodeputada pelo Partido do Brexit Ann Widdecombe, entre outros.
O dia também vai ser marcado pela entrada em circulação de uma edição especial de três milhões de moedas de 50 pence, com a inscrição "Paz, prosperidade e amizade com todas as nações".
Durante a manhã, o governo vai reunir-se fora de Londres, em Sunderland, no norte da Inglaterra, escolhida por ter sido a primeira cidade a declarar o apoio ao 'Brexit' no referendo de 2016.
Num tom menos festivo, o grupo New Europeans lançou um apelo para que sejam acesas velas por toda a Europa e à participação numa vigília esta noite junto à Europe House, perto de Westminster, a representação da UE em Londres, de forma a lembrar a necessidade de proteger os cidadãos dos europeus e britânicos.