30 jan, 2020 - 12:29 • Redação com Reuters
Cerca de sete mil pessoas estiveram retidas, esta quinta-feira, a bordo de um navio de cruzeiro ao largo da costa de Itália, perto de Roma, devido a suspeitas de coronavírus numa passageira. As análises entretanto realizadas já afastaram as suspeitas.
Segundo a imprensa italiana, os ocupantes do cruzeiro esperaram desde as primeiras horas da manhã pelo resultado de testes médicos realizados a uma passageira oriunda de Macau.
A mulher apresentava sintomas compatíveis com o coronavírus, nomeadamente febre e problemas respiratórios. Foi isolada, assim como o marido, que não apresenta sintomas.
De acordo com um porta-voz da empresa de cruzeiros Costa Crociere, a mulher de 54 anos chegou com o marido a Itália a 25 de janeiro, dia em que embarcou no navio Costa Semralda, no porto de Savona, cita a Reuters.
Os sintomas compatíveis com o coronavírus surgiram logo após a partida, pelo que ambos foram colocados em isolamento, adianta a Costa Crociere em comunicado.
O navio em causa passou por Marselha, em França, e pelos portos de Barcelona e Palma de Maiorca, em Espanha, antes de se dirigir esta quinta-feira para o porto de Civitavecchia, a norte da capital italiana, onde atracou.
Nenhum passageiro será autorizado a desembarcar até o casal ser analisado por médicos para confirmar se está ou não infetado, adiantou o porta-voz da empresa. Esse processo poderá levar "algumas horas" até estar concluído.
Confrontado com a situação, o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, garantiu que o seu Governo está preparado para tomar as medidas necessárias mas não avançou mais pormenores.
"Estamos preocupados mas estamos absolutamente vigilantes e cautelosos face a esta possibilidade", declarou aos jornalistas durante uma visita oficial à Bulgária.
[notícia atualizada às 22h27]