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Botswana volta a emitir licenças para caça de elefantes

07 fev, 2020 - 16:35 • Redação com agências

País com a maior população de elefantes do mundo vendeu, esta sexta-feira, o primeiro conjunto de licenças de caça.

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O Botswana emitiu seis licenças para a caça de elefantes, permitindo a captura de entre 60 a 70 animais.

O país africano realizou o primeiro leilão de licenças desde a reintrodução da permissão de caça de elefantes, em maio de 2019, depois de uma proibição de cinco anos que visava a proteção da espécie.

A época de caça deverá iniciar-se em abril. Segundo oficiais botsuanos, o leilão foi limitado a uma empresa local, que irá garantir que quem caça os animais tem "experiência comprovada na caça de elefantes" e não tem "qualquer condenação por crimes contra a vida selvagem".

As autoridades consideram que a caça desta espécie de animais é essencial para reduzir a tensão entre elefantes e humanos, com especial incidência nos agricultores que viram as suas culturas destruídas por elefantes que vagueiam fora da sua zona de alimentação. Para garantir a segurança dos procedimentos de caça, os cidadãos terão de fazer um depósito reembolsável de 200 pulas, cerca de 16.70 euros.

Dos sete "pacotes" de licenças disponíveis para compra, foram vendidos seis, num total de 25.7 milhões de pula, valor correspondente a cerca de 2.1 milhões de euros.

Apesar da crescente redução da população de elefantes em África devido à caça furtiva, o Botswana, que reúne no seu território cerca de um terço da espécie no continente, tem assistido ao crescimento da espécie de paquidermes.

O Botswana, assim como os países vizinhos do Zimbabué, Namíbia e África do Sul, tem considerado ao longo dos últimos anos a introdução de novas leis de conservação para proteger espécies altamente procuradas. É o caso dos elefantes, rinocerontes ou búfalos, procurando-se o balanço entre a necessidade de proteção e a gestão dos perigos que estes animais podem trazer ao invadir zonas de habitação humanas.

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