26 fev, 2020 - 23:36 • Lusa
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, apelou esta quarta-feira às forças de defesa e segurança para assumirem o seu papel de garante da ordem pública pelas "eventuais consequências" da tomada de posse como Presidente do país de Umaro Sissoco Embaló. "O gabinete do primeiro-ministro apela às forças de defesa e segurança para assumirem o seu papel de garante da segurança e ordem pública pelas eventuais consequências que poderão advir da tentativa de subversão dos valores democráticos, que consubstanciam o Estado de direito democrático da Guiné-Bissau", refere, em comunicado enviado à imprensa, o gabinete do primeiro-ministro.
A candidatura de Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), confirmou que a sua tomada de posse está prevista para quinta-feira numa unidade hoteleira em Bissau, capital do país.
O Supremo Tribunal de Justiça guineense está a analisar um recurso de contencioso eleitoral apresentado pelo candidato Domingos Simões Pereira hoje, depois de na terça-feira a CNE ter feito um novo apuramento nacional do escrutínio, ordenado por aquela instância judicial.
No comunicado, o primeiro-ministro salienta ainda que hoje teve reunião do Conselho de Segurança Nacional na qual foi discutida a tomada de posse de Sissoco Embaló, tendo as chefias militares "reafirmado a sua fidelidade à Constituição e aos poderes legalmente constituídos". "O gabinete do primeiro-ministro apela à calma da população, assegurando que qualquer tentativa de subversão da ordem terá resposta adequada através dos mecanismos legais, que visam a garantia da paz e estabilidade", salienta o comunicado.