29 fev, 2020 - 22:59 • Redação
O golpe de Estado na Guiné-Bissau teve este sábado um novo desenvolvimento. Segundo o auto-proclamado Presidente guienense (a vitória de Umaro Sissoco Embaló nas eleições não é, contudo, reconhecida pelo Supremo Tribunal de Justiça), os militares “invadiram e ocuparam” os vários ministérios do Governo, enquanto o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Gassama, “se refugiu na sede das Nações Unidos.
O jornal “Público” avança que também o Parlamento e a Câmara Municipal de Bissau foram ocupadas, prevendo-se uma invasão à casa primeiro-ministro (exonerado por Sissoco Embaló) Aristides Gomes.
Umaro Sissoco Embaló garante que o primeiro-ministro por ele nomeado, Nuno Nabian, tomará posse ainda este domingo, enquanto o restante elenco governativo o deverá fazer na segunda-feira.
A Guiné-Bissau encontra-se numa encruzilhada política, tendo, atualmente, dois Presidentes e dois primeiros-ministros.
Por um lado, Sissoco Embaló foi indigitado Presidente por Nuno Nabian (que é também vice-presidente da Assembleia Nacional Popular) na quinta-feira e nomeou-o, Nabian, na sexta, seu primeiro-ministro. Por outro, Aristides Gomes continua a ser o primeiro-ministro em funções e Cipriano Cassamá, que é presidente do Parlamento – e, portanto, a segunda figura do Estado guineense –, assumiu o cargo de Presidente interino após a saída de José Mário Vaz.