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Coronavírus

Covid-19 no mundo. Primeira morte nos Estados Unidos, mais de mil casos em Itália

29 fev, 2020 - 18:25 • Redação com Lusa

De acordo com a Proteção Civil italiana, das 1.128 pessoas infetadas por causa do surto, 29 morreram e 50 recuperaram. Teerão anuncia 43 mortos e desmente balanço superior, que apontava para mais de 200. Nos EUA há 62 casos de infecção em seis estados diferentes.

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O Departamento de Saúde do estado de Washington, nos Estados Unidos, confirmou este sábado a primeira morte por infecção do novo coronavírus naquele país. Segundo avançam o “The New Times” e a agência France-Presse, trata-se de um homem, cuja identidade não foi revelada, residente no condado de King, perto de Seattle.

As autoridades norte-americanas agendaram uma conferência de imprensa para as 13h00, 21h00 em Lisboa. Entretanto, o governador de Washington, Jay Inslee, reagiu à morte, prometendo “continuar a trabalhar até ao dia em que ninguém morra deste vírus”. E acrescentou, em comunicado: “Por agora, estamos a fortalecer a nossa preparação e capacidade de resposta. O meu compromisso é manter os moradores de Washington saudáveis, seguros e informados”.

O mais recente levantamento da Organização Mundial de Saúda dava conta de 62 casos de infecção nos EUA em seis estados diferentes: Arizona, Califórnia, Illinois e Massachusetts, Washington e Wisconsin.

Mais de mil casos em Itália

O número de pessoas infetadas em Itália com o Covid-19 subiu para 1.128, enquanto o total de vítimas mortais aumentou para 29, revelaram este sábado as autoridades italianas. De acordo com a Proteção Civil de Itália, das 1.128 pessoas infetadas desde o início da emergência por causa do surto de Covid-19, 29 morreram e 50 recuperaram.

O balanço anterior, divulgado pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças, indicava 888 infetados e 21 mortos.

A epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus, detetado na China no final do ano, já infetou 85.641 pessoas, das quais morreram 2.933, segundo as autoridades dos 60 países e territórios afetados. Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Em Portugal, os 59 casos suspeitos que fizeram testes nos hospitais deram todos negativos de coronovírus. Fora de Portugal, há a confirmação de infeção de dois portugueses, tripulantes de um navio de cruzeiros, e que se encontram hospitalizados no Japão.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

Irão desmente balanço superior

A epidemia de coronavírus provocou 43 mortos no Irão, indicaram hoje as autoridades locais, considerando que são falsas as informações que dão conta de mais de 200 mortos no país. O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, anunciou hoje mais nove mortos e 205 novos casos detetados. No total, 43 pessoas morreram e há 593 contaminados.

Os novos casos anunciados hoje representam o maior aumento diário divulgado pelas autoridades desde que foi comunicado a 19 de fevereiro que duas pessoas morreram devido à doença no Irão, na cidade de Qom. Após ter sido acusado de minimizar o balanço da epidemia e de gerir mal a situação, o governo iraniano prometeu maior transparência.

Em conferência de imprensa, o mesmo porta-voz admitiu a possibilidade de "dezenas de milhares" puderem vir a fazer testes.

O número de vítimas mortais do coronavírus no Irão é o mais elevado a seguir ao da China, onde a epidemia surgiu no final de 2019.

Kianouche Jahanpour acusou os media estrangeiros de divulgarem informações falsas sobre a epidemia, citando "rumores, informações falsas e contraditórias" e acusou o serviço da BBC em persa de "se aliar aos inimigos regionais do Irão para a propagação de mentiras". Na sexta-feira, o referido serviço da BBC, citando fontes anónimas no seio do sistema de saúde iraniano, afirmou que pelo menos 210 pessoas tinham morrido no país devido ao Covid-19, sobretudo em Teerão e Qom.

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