13 mar, 2020 - 07:55 • Redação com agências
A União Europeia vai oferecer dois mil euros a cada imigrante, a viver nas ilhas gregas do Mar Egeu, que regresse a casa. O objetivo é aliviar as condições nos campos de refugiados locais, sobrecarregados desde ao fluxo migratório de 2015.
A medida integra um programa organizado pela União Europeia para tentar aliviar a crise migratória após o agravamento da guerra na Síria. Centenas têm chegado à Turquia, dirigindo depois para a fronteira grega.
Esta quantia supera em cinco vezes o valor oferecido como ajuda para os refugiados reconstruírem suas vidas no país de origem em programas similares da Organização Internacional para as Migrações (IOM).
A oferta deve durar um mês e não se aplicará a refugiados que não tenham um local fixo para regressar.
A comissária de Assuntos Internos da EU afirmou que o novo esquema seria uma “janela de oportunidade para um grupo alvo”. A Organização Internacional para as Migrações vai organizar um plano de retorno com a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex).
A Grécia enfrenta uma pressão nas suas fronteiras externas com a Turquia, depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter decidido ‘abrir as portas’ aos refugiados que pretendem rumar à Europa, numa tentativa de garantir mais apoio ocidental na questão da guerra na Síria.
A União Europeia e a Turquia celebraram em 2016 um acordo no âmbito do qual Ancara se compromete a combater a passagem clandestina de migrantes para território europeu em troca de ajuda financeira num valor total de seis mil milhões de euros para financiar o acolhimento dos refugiados, especialmente os sírios que fogem da guerra.
Nesta altura, a Turquia acolhe cerca de 3.6 milhões de refugiados da Síria, no âmbito desse acordo.