16 mar, 2020 - 16:31 • Sílvio Vieira
Bruxelas pretende implementar uma restrição de 30 dias às viagens não essenciais para a União Europeia. A intenção é fechar fronteiras para, por um lado, travar a velocidade de propagação do vírus e, por outro aliviar a pressão a que estão submetidos os sistemas nacionais de saúde.
Esta segunda-feira, Ursula von der Leyen louvou as "medidas fortes que alguns países já tomaram para travar a propagação do vírus", mas adverte que "só serão eficazes se forem coordenadas".
"Nesse sentido, propus aos Estados-membros que introduzam uma restrição temporária a viagens não essenciais para a União Europeia. Restrição por um período inicial de 30 dias, que pode ser prolongado, se necessário", anuncia a presidente da Comissão Europeia.
Esta medida prevê algumas exceções: "Cidadãos europeus que queiram regressar, os seus familiares, cidadãos de países terceiros residentes de longo prazo na UE, diplomatas, médicos, enfermeiros, cuidadores, investigadores e especialistas que possam contribuir para resolver a crise do novo coronavírus".
As fronteiras da UE deverão também ficar abertas ao transporte de bens essenciais provenientes de territórios extracomunitários. A Comissão Europeia propõe a criação de uma "via verde para dar prioridade a transporte de bens essenciais".
"Temos duas frentes de luta. Por um lado, temos de proteger as pessoas da propagação do vírus. Por outro lado, e em simultâneo, temos de manter a circulação de bens. É vital manter o setor da mobilidade em andamento para assegurar continuidade económica", determina Ursula von der Leyen.
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