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Covid-19

Coronavírus. OMS não vê provas científicas contra Ibuprofeno mas recomenda Paracetamol

17 mar, 2020 - 22:28 • Redação

A Organização Mundial de Saúde recomendou que as pessoas usem, de preferência, paracetamol para tratar possíveis sintomas da Covid-19, mas não há ainda suficientes evidências científicas de que o ibuprofeno seja prejudicial nesses casos de febre alta e dores no corpo.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta terça-feira que as pessoas usem, de preferência, paracetamol para tratar possíveis sintomas da Covid-19, como febre alta e dores no corpo, embora indique que não há ainda provas científicas de que o ibuprofeno é prejudicial.

"A OMS recomenda paracetamol, e não ibuprofeno, em automedicação", indicou um dos porta-vozes da organização, Christian Lindmeier, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

A recomendação está alinhada com a mensagem em Portugal da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Infarmed.

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, e a autoridade nacional do medicamento esclareceram também esta terça-feira que não há evidências científicas comprovadas entre a toma de Ibuprofeno e o agravamento da infeção pelo novo coronavírus. "Não há motivo para os doentes que se encontrem em tratamento com os referidos medicamentos o interrompam", disse o Infarmed.

A agência portuguesa do medicamento acrescentou, no entanto, que, mesmo não havendo provas que contraindiquem o uso de Ibuprofeno, "o tratamento sintomático da febre deve ser realizado através do uso de paracetamol como primeira alternativa".

A questão foi levantada pelo ministro da Saúde francês, Olivier Véran, que, na semana passada, alertou na sua conta pessoal no Twitter contra o uso da substância por pessoas infetadas com Covid-19.

Este "tweet" de Olivier Véran, ele próprio um reputado médico – dos principais neurologista europeus -, foi feito depois de a revista "The Lancet" ter publicado um estudo que sugeria que pacientes do novo coronavírus com diabetes e hipertensão que eram tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença.

A Agência Europeia do Medicamento prometeu pronunciar-se, esperando-se para os próximos dias um parecer final.

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