19 mar, 2020 - 00:04 • Guilherme Correia da Silva, correspondente na Alemanha
A Alemanha é um dos países europeus mais afetados pela epidemia do novo coronavírus. E a chanceler Angela Merkel fez um apelo aos cidadãos na televisão pública.
"Isto é sério. Leve também isto a sério. Desde a Segunda Guerra Mundial que não havia um desafio ao nosso país em que fosse preciso tanto a nossa ação solidária conjunta."
Hoje, o Instituto Robert Koch, que é responsável pelo controlo de doenças na Alemanha, alertou que, nos próximos dois ou três meses, é possível que haja até 10 milhões de pessoas infetadas no país com o novo coronavírus, se as medidas de prevenção não forem respeitadas.
Alguns têm criticado o Governo de Merkel por uma certa lentidão na resposta a esta crise. A vizinha França está de quarentena, mas, na Alemanha, esta semana ainda se via muita gente nas ruas e em cafés. Entretanto, lojas e centros comerciais fecharam. De portas abertas ficam serviços essenciais – incluindo farmácias, drogarias e supermercados.
No discurso à nação, Angela Merkel apelou à solidariedade de todos. Dizendo que não é preciso encher carrinhos de compras, mas é preciso respeitar regras básicas como lavar as mãos com frequência ou manter a distância de outras pessoas. “Todos juntos, podemos salvar vidas”, afirmou Merkel.
E explica que é preciso ganhar tempo. “Tempo para que os investigadores possam desenvolver um medicamento e uma vacina. Mas sobretudo tempo para que aqueles que adoecem possa ter o melhor atendimento possível”.