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Médicos franceses apontam perda total de olfato como sintoma do coronavírus

21 mar, 2020 - 18:37 • Redação com Lusa

O diretor-geral da Saúde francês, Jérôme Salomon, ressalva que se trata de um sintoma "bastante raro" e geralmente observado nos mais jovens, que têm as formas "menos severas" da doença Covid-19.

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Os sintomas que frequentemente aparecem associados à SARS-CoV-2, coronavírus, cuja infeção provoca a Covid-19, são febre, tosse e dificuldades respiratórias. Contudo,a rede de otorrinolaringologistas franceses alerta para o aumento de casos de anosmia (perda total do olfato) entre doentes com Covid-19.

A ausência de olfato foi descrita por vários doentes, em França, como tendo surgido de forma isolada ou ligada aos sintomas habituais da doença, que pode provocar infeções respiratórias como pneumonia.

Segundo o presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia de França, Jean-Michel Klein, "há uma ligação evidente" entre a perda de olfato e o novo coronavírus.

Jean-Michael Klein sublinha que "nem todos os casos positivos" de Covid-19 apresentam perda total do olfato, mas "todos os anosmáticos isolados, sem causa local ou inflamação, são casos positivos" de Covid-19. Regra geral, a perda total de olfato está associada a uma lesão no nervo olfativo.

Num balanço diário da situação epidemiológica, feito esta sexta-feira, o diretor-geral da Saúde francês, Jérôme Salomon, ressalvou que se trata de um sintoma "bastante raro" e "geralmente" observado nos mais jovens, que têm as formas "menos severas" da doença Covid-19.

Jérôme Salomon aconselhou que, em caso de perda total de olfato, as pessoas contactem o seu médico e evitem automedicarem-se.

Por precaução, as pessoas com anosmia devem estar confinadas em casa e usar máscara, recomenda o presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia francês, Jean-Michael Klein.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 164 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma pandemia.Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.

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