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Espanha devolve à China testes rápidos pouco fiáveis

26 mar, 2020 - 13:04 • Redação com Lusa

A Renascença apurou junto do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) que Portugal não adquiriu estes testes.

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Espanha devolveu à China testes rápidos para detetar pessoas infetadas com o novo coronavírus, depois de verificar que a sua qualidade não correspondia ao anunciado, visto terem uma sensibilidade de 30% quando deveriam ter de 80%.

"Este lote enviado não corresponde ao que veio nos certificados de qualidade da CE. Tivemos de os devolver", disse hoje numa conferência de imprensa o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergência Sanitária do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simón.

Espanha é o segundo país no mundo com mais mortos com covid-19 e tinha iniciado no último fim de semana a utilização de testes rápidos para generalizar o mais possível a deteção precoce do número de infetados.

Entretanto, a embaixada da China em Madrid informou através da sua conta na rede social Twitter que os testes rápidos que Espanha comprou não eram válidos porque a empresa fornecedora não possuía uma licença oficial da Administração Nacional de Produtos Médicos da China.

A representação chinesa assegura que o Governo espanhol não seguiu as recomendações da China, que forneceu aos serviços de saúde do país "uma lista com recomendações sobre os fornecedores qualificados", na qual a Shenzhen Bioeasy Biotechnology não estava incluída.

O número de mortos em Espanha devido à pandemia de covid-19 ultrapassou na quarta-feira o da China continental, com um total de 3.434 vítimas mortais, segundo a atualização diária feita pelas autoridades de saúde do país.

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