28 mar, 2020 - 17:54 • Inês Rocha
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Esta sexta-feira, o site Flightradar24, que regista os voos que são realizados em todo o mundo, contou 89.276 voos nos céus mundiais – o número mais baixo desde que começou a fazer estatísticas, em 2016.
Se olharmos para a média de voos semanal em todo o mundo, esta teve uma queda de 44%, desde o dia 10 de março até ao dia 27.
Esta é uma das consequências das medidas que vários países estão a tomar para controlar a pandemia de Covid-19, que já afeta 199 Estados e territórios.
Segundo a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), 1,1 milhões de voos foram cancelados até 30 de junho de 2020, o que poderá significar uma queda de receitas de 44% para as empresas de aviação comercial.
Em Portugal, a queda do número de voos foi acentuada.
No dia 17 de março, o Governo decidiu suspender todos os voos internacionais dos aeroportos portugueses com algumas exceções: mantinham-se voos para a União Europeia, para EUA, Canadá, África do Sul e países de língua oficial portuguesa.
Dois dias depois, a TAP anunciou a suspensão de voos realizados para 75 destinos até ao dia 19 de abril. Ou seja, até essa data, a TAP reduziu de 90 para 15 as rotas praticadas. Também a Ryanair decidiu reduzir 80% das rotas, e a partir do dia 25 de março passou a manter praticamente todos os seus aviões em terra.
Várias outras companhias aéreas anunciaram cancelamentos.
Esta sexta-feira, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foram realizados apenas 10% dos voos que estavam marcados.
Já no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto foram realizados apenas 3% dos voos agendados.