30 mar, 2020 - 15:12
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Com milhões de pessoas em todo o mundo a trabalharem à distância devido à pandemia de covid-19, o Zoom passou a ser um companheiro diário. Este programa de videoconferência, criado em 2011 por um cidadão chinês que emigrou para os Estados Unidos, permite reunir, “na mesma sala” até 500 pessoas. Em Portugal, transformou-se num instrumento essencial para o ensino remoto. Do primeiro ciclo ao ensino superior, milhões de alunos sentam-se todos os dias em frente ao computador para seguirem as suas aulas através do Zoom. Entre as empresas, basta dizer que é utilizado por mais de 60% das empresas listadas na Fortune 500.
O aumento da utilização desta plataforma, chamou a atenção dos piratas informáticos, que rapidamente descobriram uma forma de detetar e entrar em reuniões ativas, tendo acesso a tudo o que se diz. Uma empresa internacional de cibersegurança detetou que nas últimas semanas se verificou um grande aumento de registo de domínios incluindo a palavra “Zoom”: 1700 desde o início do ano, dos quais 25% só na última semana.
Com tantos negócios a serem feitos por via virtual e digital, há algumas medidas de segurança que é essencial manter. Os e-mails de remetente desconhecido, especialmente se oferecem descontos, são sempre de desconfiar. O mais prudente é não abrir ficheiros anexos desconhecidos ou clicar em links. Também é essencial ter cuidado com domínios parecidos e e-mails ou websites com erros de ortografia.
Quando faz compras, garante que está a comprar bens de fonte segura e não se deixar levar por links promocionais que lhe prometem tudo a preço de nada. É bom recordar que 90% dos ciberataques começam por uma campanha de “phishing”, uma técnica de fraude online através da qual os criminosos do mundo da informática tentam “pescar” senhas e informações pessoais.
Sendo, neste momento, o mais pirateado, o Zoom não é, no entanto, o único alvo da pirataria. Têm sido descobertos novos sites de “phishing para todas as grandes aplicações de comunicação, incluindo o “classroom” da Google.