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Coronavírus

Comunidade lusófona mobiliza-se para apoiar combate à Covid-19 em França

05 abr, 2020 - 09:01 • Lusa

Diferentes associações lusófonas em França multiplicam esforços para conter a pandemia através da produção de máscaras, entregas de material e apoio social.

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Privadas da sua atividade normal, as associações lusófonas em França multiplicam esforços para conter a pandemia dentro e fora da comunidade, fabricando máscaras, dando apoio social, telefonando para os mais frágeis e até entregando material hospitalar também em Portugal.

"Estamos a continuar o nosso trabalho. Todas as pessoas que pedem auxílio, fazemos o possível para ajudar e distribuir bens alimentares. Não há nenhum confinamento que nos impeça de dar ajuda às pessoas que precisam", afirmou António Fernandes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Paris, em declarações à agência Lusa.

Esta instituição, com mais de 25 anos de ação na capital francesa, continua a atender todos os pedidos por telefone e a levar bens alimentares aos que mais precisam, cumprindo todas as regras de segurança.

Para já, António Fernandes está surpreendido pela pouca solicitação que têm tido, mas considera que é normal por haver "um certo medo" da situação.

Outras estruturas portuguesas não têm tido mãos a medir. É o caso da associação Hirond'Ailes, que está a produzir máscaras de tecido e a entregá-las em hospitais, clínicas e a pessoas de risco da região parisiense que as usam nas curtas saídas de casa.

A ideia partiu da presidente Suzette Fernandes, que é representante dos utentes de um grupo hospitalar na região de Paris, e decidiu trocar a confeção de artigos em tecido para arrecadar fundos para o fabrico de máscaras.

"Eu recebo os pedidos, encomendo os tecidos e mando entregar nas casas das costureiras, mas está muito complicado. Elas não recebem os tecidos a tempo e estão a usar tudo o que têm em casa", relatou Suzette Fernandes, assegurando que as máscaras em algodão seguem todas as normas indicadas pelas autoridades e servem como "uma primeira barreira" ao contágio.

As sete costureiras que trabalham com a Hirond'Ailles já produziram cerca de 500 máscaras, com cerca de 100 a serem distribuídas este fim de semana. Os pedidos podem ser feitos através das redes sociais da associação.

Produção de viseiras

A associação Dimitri Francisco, presidida por Gilberto Mota, radicado em França, está a produzir viseiras para distribuir nos hospitais portugueses.

"Como estou em França, telefonei às pessoas da associação em Portugal e disse que gostava que fizéssemos um donativo, mas disseram-me que dar dinheiro era complicado, portanto era preferível dar máscaras ou viseiras. Comprámos então uma máquina 3D para produzir viseiras", contou Gilberto Mota.

Em Portugal, a associação Dimitri Francisco distribui prendas de Natal nos hospitais, mas Gilberto é também vice-presidente da associação Les Amis Du Plateau que em França está atualmente a arrecadar donativos para distribuir a hospitais e bombeiros na região parisiense.

Já a CHEDA - Crianças de hoje e de amanhã, que apoia crianças em Cabo Verde, está mobilizada para contactar pessoas de risco na comunidade cabo-verdiana em Paris e arredores.

"Estamos a tentar acompanhar o maior número de pessoas, a ligar e a saber como estão. A nível de associação, mas também a nível pessoal", indicou Annie Lacerda, que integra esta associação.

Além dos números oficiais da pandemia em França, a Cívica põe também à disposição dos autarcas de origem portuguesa outro tipo de informação ligada a esta crise como as medidas económicas para apoiar as empresas ou as atualizações oficiais do estado de emergência sanitária atualmente vigente em França.

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