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Reino Unido

Coronavírus. Britânicos estão a encomendar testes pelo correio

05 abr, 2020 - 08:30 • Redação

Empresa britânica realiza testes por 250 euros, com resultados prontos em cerca de três dias. Governo alerta para o facto destes testes não terem sido aprovados.

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Os britânicos estão a recorrer a empresas privadas para realizar testes ao novo coronavírus, fazendo a encomenda do kit pelo correio. Até agora, os testes feitos pelos hospitais não estão acessíveis à maioria das pessoas, pois as autoridades estão a dar prioridade aos que têm sintomas e pessoal hospitalar.

O Sistema Nacional de Saúde britânico quer testar 100 mil pessoas por dia até ao final de abril, depois de o primeiro-ministro Boris Johnson ter reforçado a importância da medida.

Grande parte dos laboratórios que realizam testes à Covid-19 estão reservados para pessoas com sintomas severos e profissionais de saúde. Por isso, a empresa de ADN “Rightangled” reestruturou-se e está a proporcionar testes à população geral.

A empresa envia por correio um kit com material, que inclui um vídeo a explicar o procedimento. Os resultados chegam em cerca de três dias e cada teste tem um valor a rondar as 250 euros.

Testes sem aprovação

Neil Williams, porta-voz da agência reguladora de medicamentos britânica, lembra que “não há qualquer teste à Covid-19 que tenha aprovação nesta altura”. Já uma fonte do Ministério de Saúde vai mais longe e diz que “não haver qualquer garantia da fiabilidade destes testes”, com receio de falsos-negativos.

O diretor-executivo da “Rightangled”, Abdullah Sabyah, refere que a empresa recebeu milhares de encomendas em apenas uma semana e que os profissionais de saúde têm acesso ao teste por 150 euros.

À data, o coronavírus já infetou cerca de 41 mil pessoas no Reino Unidos e faz causou cerca de 4.300 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais 1.20 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 64 mil. Há ainda 246 mil pessoas que recuperaram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos: Espanha e Itália são os países com mais vítimas mortais.

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