05 abr, 2020 - 07:46 • Lusa
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A rainha de Inglaterra vai pedir, este domingo, aos seus súbditos coragem e determinação na luta contra a pandemia Covid-19, numa rara aparição televisiva dirigida à Comunidade das Nações (Commonwealth), que tem vindo a ser antecipada pela imprensa.
Será apenas a quarta vez, em 68 anos de reinado, que a monarca recorre a uma alocução televisiva, para além do tradicional discurso de Natal, para se dirigir aos súbditos na Inglaterra e nos 53 países membros independentes que integram a Commonwealth.
"Espero que, nos próximos anos, todos possam orgulhar-se da maneira como assumimos este desafio", dirá a monarca de 93 anos, de acordo com extratos divulgados pelo gabinete de comunicação do Palácio de Buckingham.
Segundo a mesma fonte, a rainha irá agradecer o esforço de todos os que estão na primeira linha do combate à pandemia, sobretudo o pessoal médico.
"Vivemos momentos de perturbação na vida de nosso país, uma perturbação que trouxe sofrimento para alguns, dificuldades financeiras para muitos e enormes mudanças no dia a dia de todos nós", dirá a monarca, numa intervenção marcada para as 19h00.
De acordo com o balanço feito no sábado, tinham morrido no Reino Unido 4.313 pessoas infetadas, mais 708 do que na véspera.
Os dados foram atualizados numa conferência de imprensa, onde o ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove reiterou a necessidade de os britânicos respeitarem o confinamento decretado pelo governo e "resistirem à tentação" de sair de casa para passear para aproveitar o bom tempo.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto de Covid-19 espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de mais de 627 mil infetados e mais de 46 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.362 óbitos em 124.632 casos confirmados até hoje.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais 1.2 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 64 mil. Há ainda 246 mil pessoas que recuperaram.