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Bolsonaro defende medicamento controverso e reafirma críticas ao confinamento

09 abr, 2020 - 01:04 • Carlos Calaveiras

No quinto discurso do líder brasileiro desde o início da pandemia confirmou ainda que vai libertar uma verba de emergência.

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O Presidente do Brasil volta a deixar claro que não defende o confinamento no combate ao coronavírus, mas agora diz que respeita a decisão dos governadores que decidiram avançar para essa solução.

“O nosso objetivo sempre foi o de salvar vidas”, referiu.

Durante uma declaração na televisão – o quinto desde o início da pandemia – Jair Bolsonaro citou o secretário-geral da OMS ao dizer que “cada país tem as suas particularidades e a solução não é mesma para todos”.

E repetiu igualmente outra frase de Tedros Ghebreyesus que, falando sobre África, disse que “os mais humildes não podem deixar de se locomover”.

O líder brasileiro insistiu que as consequências da paragem da economia não podem ser mais graves que o vírus.

Nesta comunicação, Bolsonaro insistiu que a cloroquina, um medicamento para a malária, é eficaz contra o novo coronavírus, apesar de não ter sido aprovado para o efeito. Também Donald Trump defende a sua utilização para o combate contra a Covid-19.

Esta quarta-feira, Jair Bolsonaro citou o cardiologista Roberto Kalil, diretor-geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, que alegadamente usou este medicamento em vários pacientes.

Esta decisão é controversa. A cloroquina não foi aprovada para este efeito e o próprio ministro brasileiro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é contrário à sua aplicação.

Aliás, divergências entre Bolsonaro e Mandetta quase fizeram cair o ministro no início da semana.

O Presidente do Brasil confirmou ainda que o Estado vai pagar 600 reais (pouco mais de 100 euros) como auxílio de emergência.

Esta declaração ao país surge no dia em que o Brasil bate o recorde de mortos e infetados pela Covid-19 (133 mortes e 2.210 infetados).

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