18 abr, 2020 - 22:53 • Lusa
Veja também:
O Brasil registou nas últimas 24 horas mais 206 vítimas mortais da pandemia de Covid-19, o que elevou para 2.347 o número total de mortos no país, e o número de infetados subiu para 36.599, mais 2.917 que na sexta-feira.
Segundo o balanço mais recente da pandemia, divulgado este sábado pelo Ministério brasileiro da Saúde, nos últimos sete dias morreram mais 1.224 pessoas no país por causa da Covid-19, o que significa um aumento de 108,9%.
São Paulo continua a ser o estado do Brasil mais afetado, com 991 mortes e 13.894 casos, seguido do Rio de Janeiro, com 4.543 casos e 387 mortes.
Segundo o Ministério da Saúde a taxa de letalidade é de 6,4%, mantendo-se idêntica à de sexta-feira.
Na sexta-feira o país tinha atingido um recorde diário de 217 mortos e 3.257 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, totalizando 2.141 óbitos e 33.682 infetados desde que a pandemia chegou ao país, informou o Executivo.
Além do número recorde de mortos e infetados num único dia, o país sul-americano registou naquele dia um aumento de 11,2% nas vítimas mortais, de 1.924 para 2.141, enquanto o número de infetados cresceu 10,7%, de 30.425 para 33.682 casos confirmados.
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade da covid-19 subiu naquele dia para 6,4%.
São Paulo era o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, concentrando 928 mortos e 12.841 casos de infeção, seguindo-se o Rio de Janeiro, que contabiliza 4.349 casos confirmados da covid-19 e 341 óbitos.
Ceará e Pernambuco são os outros dois estados brasileiros que também já ultrapassaram a barreira dos dois mil infetados pela Covid-19.
Em relação às regiões do Brasil, o Sudeste, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a área mais afetada, com 19.067 casos confirmados, sendo que do lado oposto se encontra o Centro-Oeste, que totaliza 1.386 pessoas diagnosticadas.
O novo ministro da Saúde do Brasil, o oncologista Nelson Teich, assumiu na sexta-feira o cargo ministerial, substituindo o ortopedista Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido na quinta-feira pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro, devido a divergências na estratégia de enfrentar a pandemia de Covid-19, mais concretamente na questão do isolamento social.
Enquanto Mandetta seguia orientações científicas e defendia firmemente a necessidade de isolamento social para impedir a propagação do vírus, Jair Bolsonaro, por outro lado, insiste que as pessoas devem voltar ao trabalho e que a economia deve ser reativada porque "o Brasil não pode parar" por causa do que classificou como uma "gripezinha".
Na cerimónia de posse, em Brasília, Teich destacou que o eixo da sua gestão será o povo, acrescentando que trabalhará em parceria com estados e municípios para conter a Covid-19.
"[Vamos] acompanhar diariamente a evolução em cada estado e município, de como está a evoluir a covid-19 e outros problemas que possam estar relacionados à saúde. Trabalharemos com os estados, com os municípios, para que a gente consiga ter uma agilidade na solução de problemas que vão surgir", afirmou o novo governante.
"O foco serão as pessoas. Não importa o que você faça, no final o que resta é o povo", acrescentou Teich.
Na cerimónia de tomada de posse do ministro, Jair Bolsonaro voltou a defender a reabertura do comércio e das fronteiras e reconheceu que corre o "risco" de ser responsabilizado caso a propagação do novo coronavírus piore.
"Essa luta para que se comece a abrir o comércio é um risco que eu corro, porque se piora [a situação] tudo cai sobre mim. Agora, eu acho, e é algo que muita gente já sabe, [o comércio] tem que abrir", defendeu o chefe de Estado.