Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Ventiladores precisam-se em tempo de pandemia. Há um país que só tem quatro

19 abr, 2020 - 10:15 • Redação

O Covid-19 está a gerar uma enorme pressão sobre os serviços nacionais de saúde. Os profissionais que trabalham dos hospitais revelam exaustão, mas há países mais pobres que se debatem com faltam de material.

A+ / A-

Veja também:


O novo coronavírus já chegou a mais de 200 países e territórios, infetando mais de 2,3 milhões de pessoas. A pandemia levou a uma procura mundial por máscaras, desinfetante e outro equipamento médico essencial no combate à doença, contudo, existem países onde escasseiam o que pode vir a provocar efeitos devastadores, segundo alerta o Comité Internacional de Resgate (CIR), uma organização não-governamental.

O Sudão do Sul, por exemplo, tem apenas quatro ventiladores e 24 camas de cuidados intensivos, para uma população de 12 milhões de pessoas. Ou seja, um ventilador por cada três milhões de habitantes.

"Já vimos quão rapidamente a pandemia sobrecarregou os sistemas de saúde de países com sistemas de saúde relativamente avançados. Há motivos para grande preocupação sobre quão rápido assoberbaria países com sistemas de saúde mais fracos", assumiu a vice-presidente do CIR, Elinor Raikes, à CNN.

A Burkina Faso conta com 11 ventiladores para mais de 20 milhões de pessoas - é meio ventilador para cada milhão de habitantes. Já a Sierra Leoa tem 13 ventiladores (para uma população de quase oito milhões) e a República Central Africana tem três (para quase cinco milhões).

Contudo, não são só os ventiladores que escasseiam: a Venezuela tem 84 camas de cuidados intensivos para uma população de 32 milhões de pessoas e 90% dos hospitais estão com falta de medicamentos e recursos essenciais.

Portugal regista 687 mortos associados à Covid-19 em 19.685 casos confirmados de infeção, segundo o boletim de sábado da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia. Nesta altura, o país tem ativa uma cerca sanitária em Câmara de Lobos, que se segue às que já foram implementadas em Ovar (levantada ontem) e nos seis concelhos da Ilha de São Miguel nos Açores, que se mantém, pelo menos, até 1 de maio.

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas. Mais de 500 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • azert
    20 abr, 2020 10:10
    Há médicos e enfermeiros a dizer — melhor, a escrever — que no país há mais ventiladores do que pessoas internadas em UCIs. Claro que nem todas elas necessitam de ser ventiladas. É a sabedoria nacional:. UCI = ventilador. Até pode ter o medidor de pressão arterial avariado.

Destaques V+