09 abr, 2020 - 09:30 • Manuela Pires
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A maior parte dos países europeus aguarda pelos próximos dias para tomar decisões sobre o ano letivo. Mas há quem já tenha decidido cancelar os exames, como é o caso do Reino Unido e da França.
Em Itália, por seu lado, todos os alunos passam para o próximo ano e, para substituir os exames de acesso á universidade, o governo decidiu vai fazer uma prova oral via internet.
Em Espanha, ainda não há decisões oficiais. Muitas universidades não vão ter mais aulas presenciais e em várias comunidades a data dos exames foi adiada para julho.
Em Portugal, o Governo anuncia esta quinta-feira a decisão em relação às atividades letivas presenciais no terceiro período, depois de ouvir durante dois dias especialistas, representantes da comunidade escolar, partidos, sindicatos e os órgãos consultivos do Ministério da Educação.
Itália
Em Itália, os alunos vão todos passar de ano. O governo decidiu terminar já este ano letivo e começar a preparar o regresso ás aulas em setembro.
Segundo um documento do ministério italiano da Educação, citado pelo jornal espanhol "El País", cabe aos comités de educação planearem como vai decorrer a entrada no novo ano escolar. A prioridade vai para os alunos com mais dificuldades, que, apesar de passarem de ano, continuam com as notas negativas e poderão ter aulas de recuperação em setembro. Logo, o arranque do ano letivo podia atrasar-se um pouco.
O principal problema é, no entanto, o ingresso no ensino superior. Com as escolas fechadas e sem a realização dos exames escritos, todos os alunos podem fazer a prova que dará acesso á universidade, um exame oral com a duração de uma hora, através de uma plataforma "online".
França
A pandemia do novo coronavírus levou o governo a anular os exames no final do ensino secundário, que são condição indispensável de acesso ao ensino superior. Este ano, 550 mil estudantes teriam de prestar esta prova.
O ministro francês da educação anunciou em conferência de imprensa que as notas dos alunos são atribuídas tendo em conta a avaliação contínua ao longo do ano. Jean-Michel Blanquer disse ainda que o ano letivo vai prolongar-se até 4 de julho, para tentar compensar as semanas de confinamento que ainda não têm fim á vista.
O regresso à escola estava previsto para o dia 4 de maio, mas o ministro francês da educação não quer agora adiantar qualquer data.
Reino Unido
O governo que encerrou as escolas a 20 de março, anunciou logo o cancelamento dos exames do secundário e acesso ao ensino superior.
Segundo a informação que está no site do governo britânico, a pandemia vai ter um impacto significativo no sistema educativo nos próximos meses, e é preciso dar alguma estabilidade aos alunos e ás famílias.
Segundo o jornal “The Guardian”, o governo britânico anunciou que as notas a atribuir aos alunos são a soma da avaliação dos professores e o desempenho da escola e da turma em que se inserem. As escolas devem comunicar as notas até ao final de maio, para que as avaliações sejam tornadas publicas em agosto e os alunos que tenham concluído o ensino secundário possam então candidatar-se á universidade.
Espanha
O governo de Pedro Sanchez ainda não anunciou qualquer medida sobre a reabertura das escolas.
O conselho escolar do estado, um órgão consultivo do ministério da educação, aprovou um parecer onde defende que as matérias que os alunos estão a aprender em confinamento devem ser avaliadas, exceto para as famílias que não têm em casa meios tecnológicos necessários para acompanhar as aulas. Uma decisão que já foi contestada pelas famílias. O conselho recomendou ainda limitar os chumbos a “casos extraordinários” perante o encerramento das escolas, uma situação que afeta mais de 8 milhões de alunos no ensino básico e secundário.
Mas o sistema educativo vai-se adaptando á pandemia, dez comunidades autónomas espanholas decidiram adiar os exames de acesso á universidade para o mês de julho e a segunda fase em setembro.
No caso das universidades, há 30 que decidiram que não voltam este ano a ter aulas presenciais. As 12 universidades da Catalunha decidiram suspender as aulas presenciais em abril e maio, deixando em aberto a hipótese de abrir em junho. O ministro das Universidades, Manuel Castells é da opinião que os alunos devem acabar os estudos online.
Bélgica
Em relação às escolas na Bélgica, ainda não há decisão mas tudo indica que as aulas não recomeçam antes de meados ou finais de maio.
Já nas universidades, os reitores das universidades francófonas decidiram que não há mais aulas presenciais - depois das férias só à distância.
O ano escolar termina a 16 de maio mas ainda não há uma decisão sobre os exames, que normalmente são realizados em maio e junho.
O ensino é competência das regiões, cada uma - francófona e flamenga - toma a sua decisão, mas neste caso os flamengos decidiram também acabar com as aulas presenciais.
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