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Covid-19

Espanha volta a registar menos de 300 mortes num dia

01 mai, 2020 - 10:17 • Marta Grosso com agências

No total, são 24.824 os óbitos no país que continua a ser o segundo do mundo com mais casos confirmados de Covid-19. Pandemia deverá provocar queda de mais de 9% na economia e fazer aumentar a taxa de desemprego para 19%.

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O número de mortes diárias em Espanha, provocadas pela pandemia de Covid-19, aumentou ligeiramente nas últimas 24 horas, mas continua abaixo dos 300, pelo segundo dia consecutivo.

Segundo os números oficiais apresentados nesta sexta-feira, foram registados 281 novos óbitos desde quinta-feira (dia em que o aumento face ao dia anterior tinha sido de 268).

No total, o número de mortes em Espanha desde o início da pandemia é agora de 24.824. O país conta ainda com 215.216 infetados, dos quais quase 115.000 já conseguiram recuperar.

Nesta sexta-feira, foram também publicadas as regras para o desconfinamento da população, que será organizado por períodos horários e entra em vigor no sábado, dia 2 de maio.

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Espanha é o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, mas já aparece em quarto lugar em termos de vítimas mortais, atrás dos Estados Unidos, de Itália e Reino Unido.

Ao nível global, a pandemia causada pelo novo coronavírus já causou mais de 234.000 mortes e mais de 3,2 milhões infetados, dos quais mais de um milhão já recuperaram, segundo a Universidade Johns Hopkins.

PIB em queda e desemprego em alta

Espanha prevê que o produto interno bruto (PIB) registe uma quebra de 9,2% em 2020 e que a taxa de desemprego suba para 19%, em consequência do novo coronavírus, segundo os dados macroeconómicos apresentados nesta sexta-feira pelo Governo espanhol.

A contração económica será consequência do colapso do consumo das famílias (8,8%) e da queda do investimento (25,5%) e das exportações (27,1%), explicou a vice-presidente de Assuntos Económicos do Governo espanhol, Nadia Calviño, em conferência de imprensa para apresentação do novo quadro macroeconómico que está incluído na atualização do Programa de Estabilidade 2020-2023.

Nadia Calviño disse que a economia espanhola chegará ao fundo no segundo trimestre do ano e se recuperará desde então na forma de um "V assimétrico", o que levará a uma recuperação na economia de 6,8% em 2021.

Neste âmbito, o Governo espanhol estimou em 138.923 milhões de euros o impacto das medidas adotadas para combater a covid-19 e detalhou o custo de algumas das principais iniciativas, inclusive 17.894 milhões para os pedidos de regulação de emprego temporário.

Durante a conferência de imprensa para apresentar as previsões macroeconómicas, a ministra das Finanças, María Jesús Montero, revelou que as principais medidas de gastos totalizam 28.403 milhões de euros.

Entre as medidas, estão 1.400 milhões de euros para um crédito extraordinário para o Ministério da Saúde, 2.867 milhões para atualizar as entregas financeiras à conta das comunidades, 17.894 milhões de despesas relacionadas com o emprego temporário e 1.355 milhões para baixas de trabalho em isolamento consideradas acidentes de trabalho.

De acordo com os dados apresentados, as receitas diminuíram em 6.120 milhões de euros, com impactos como 1.022 milhões devido ao IVA a 0% nas compras de serviços de saúde, 981 milhões por prestações extraordinárias pela cessação de atividade e 2.907 milhões por isenções e moratória nas contribuições para a previdência social.

A estes números somam-se 104,4 mil milhões de euros para medidas de liquidez, com a linha de 100 mil milhões de euros do Instituto de Crédito Oficial (ICO) para empresas e trabalhadores independentes.

Assim, o Governo espanhol prevê que o aumento dos gastos públicos e a queda das receitas devido à crise do novo coronavírus aumentem o défice público em 2020 até 115.671 milhões de euros, equivalente a 10,34% do PIB.

Este será o maior défice registado desde o final de 2012 (10,7% do PIB), destacou a ministra das Finanças, María Jesús Montero, indicando que as despesas vão subir 10,5% até 576.714 milhões de euros, enquanto as receitas vão cair 5,3% até 461.043 milhões de euros.

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