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Pandemia de ​Covid-19

Remdesivir. EUA autorizam uso de medicamento experimental em doentes Covid-19

01 mai, 2020 - 23:53 • Redação

Autoridade do medicamento norte-americana adverte, no entanto, que "há informações limitadas sobre a segurança e eficácia do uso do remdesivir" no tratamento de pessoas hospitalizadas por Covid-19.

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A entidade reguladora do mercado farmacêutico dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou esta sexta-feira o uso do medicamento remdesivir, “em caso de emergência”, para o tratamento de doentes Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Ainda em fase de estudo, o antiviral experimental remdesivir, inicialmente desenvolvido para combater o vírus Ébola, aparenta, segundo dois ensaios publicados no último mês – um terceiro ensaio foi considerado inconclusivo –, acelerar a recuperação de pacientes Covid-19 graves internados.

“Os benefícios conhecidos e potenciais do remdesivir superam os riscos conhecidos e potenciais do medicamento para o tratamento de pacientes hospitalizados com Covid-19 grave”, justifica a FDA.

No entanto, aos pacientes a FDA adverte que o remdesivir não pode ser ainda considerado um medicsamento “seguro e eficaz”.

“Há informações limitadas sobre a segurança e eficácia do uso do remdesivir no tratamento de pessoas hospitalizadas por Covid-19. Um estudo clínico demonstrou que o remdesivir é capaz de reduzir o tempo de recuperação em algumas pessoas. Mas não existem medicamentos considerados seguros e eficazes no tratamento de pessoas hospitalizadas com Covid-19”, explica a agência.

A decisão da entidade reguladora norte-americana baseou-se em dois estudos realizados a pacientes Covid-19, precisamente nos EUA: um do Instituto Nacional da Saúde (NIH) e outra da empresa que desenvolveu o medicamento, a Gilead.

O estudo do NIH demonstrou que ao fim de 10 dias de toma de remdesivir, o tempo de recuperação de pacientes Covid-19 (em estado clínico de média e alta gravidade) diminuiu de 15 para 11 dias. Por sua vez, o estudo da Gilead demonstrou que o remdesivir é eficaz no tratamento de Covid-19 em terapias com durações de cinco e 10 dias.

No entanto, um terceiro estudo, realizado na China e publicado na revista científica “The Lancet”, concluiu que os pacientes que receberam o remdesivir não melhoraram mais rapidamente do que os pacientes que foram tratados com um placebo.

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