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Reino Unido

Governo britânico tinha plano para lidar com eventual morte de Boris Johnson

03 mai, 2020 - 11:56 • Redação com Lusa

Revelação feita pelo próprio primeiro-ministro do Reino Unido, que chegou a estar nos cuidados intensivos devido à Covid-19, onde foi tratado pelo enfermeiro português Luís Pitarma.

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Boris agradece a enfermeiro português Luís por "48 horas sem sair da sua cabeceira"
Boris agradece a enfermeiro português Luís por "48 horas sem sair da sua cabeceira"
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou que a deterioração da sua saúde devido à Covid-19, em abril, levou o Governo britânico a delinear uma estratégia para lidar com a sua possível morte.

"Foi um momento muito duro, não vou negar. Havia uma estratégia para lidar com um cenário mortal", afirmou o chefe do Governo britânico, em entrevista publicada, este domingo, no jornal “The Sun On Sunday”.

Boris Johnson, de 55 anos, esteve três dias internado na unidade de cuidados intensivos do Hospital St. Thomas, em Londres, durante o qual os médicos administraram “litros e litros de oxigénio”, explicou o governante: “Eu não estava numa forma particularmente brilhante e sabia que tinham sido delineados planos de contingência."

O primeiro-ministro garantiu que, nos primeiros momentos, não interiorizou a gravidade do seu estado de saúde e recusou ir ao hospital.

“Não me pareceu uma boa ideia, mas eles foram bastante inflexíveis. Olhando para trás, fizeram a coisa certa em obrigar-me a ir”, admitiu.

PM demorou a perceber gravidade da doença


Boris Johnson só tomou consciência da gravidade da situação quando foi transferido para a unidade de cuidados intensivos, onde foi tratado pelo enfermeiro português Luís Pitarma.

“Os malditos indicadores continuaram na direção errada e pensei: ‘Não há remédio para essa coisa, não há cura’. Naquele momento, pensei: ‘Como vou sair disso?' Já parti o nariz, quebrei um dedo, o pulso, uma costela. Já parti quase tudo, em alguns casos várias vezes, mas nunca enfrentei algo tão sério quanto isto”, revelou.

A 12 de abril, numa mensagem publicada na rede social Twitter, Boris Jonhson agradeceu a Luís Pitarma e a uma enfermeira da Nova Zelândia pelo tratamento que recebeu durante o internamento no hospital St. Thomas, em Londres.

Após duas semanas de convalescença na residência rural de Chequers (centro de Inglaterra), o primeiro-ministro do Reino Unido regressou, na semana passada, ao seu escritório, em Downing Street, de onde está, atualmente, a trabalhar num roteiro para a redução das medidas de confinamento contra a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o diário “The Telegraph”, Boris Johnson deverá anunciar esse plano durante um discurso à nação, no próximo domingo.

Terceiro país com mais mortes


O Reino Unido é o terceiro país do mundo com mais mortes (28.131) e o quarto com mais casos (183.500) do novo coronavírus.

Os Estados Unidos lideram a tabela mundial em ambos os parâmetros, com registo de 1.133.069 diagnósticos oficiais e 66.385 óbitos.

A nível global, segundo a Universidade Johns Hopkins, dos EUA, a Covid-19 já provocou quase 244 mil mortes e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas. Mais de um milhão de doentes estão recuperados.

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