09 mai, 2020 - 19:30 • Cristina Nascimento com agências
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Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em frente ao parlamento de Berna e noutras cidades da Suíça para protestar contra as restrições impostas pelas autoridades para lutar contra o novo coronavírus, noticia a agência Keystone-ATS.
A Suíça, que registou mais de 1.500 mortos e cerca de 30 mil pessoas contaminadas, começou a aligeirar as medidas de confinamento autorizando, há duas semanas, a abertura de cabeleireiros e floristas.
A partir de segunda-feira, as escolas, restaurantes, museus e livrarias vão também reabrir, mas com condições específicas. Os ajuntamentos com mais de cinco pessoas continuam interditos.
Os manifestantes, que envergavam cartazes em que se podia ler, entre outros, “sem medidas de confinamento a Suécia tem os mesmos resultados que a Suíça”, consideram que as restrições em vigor violam os seus direitos fundamentais, motivo pelo qual vaiaram hoje as forças policiais que procuravam controlar os protestos.
Entre 100 a 200 pessoas juntaram-se igualmente em Zurique e cerca de 80 em Saint-Gallen, em ações de protesto distintas às de Berna.
A Suíça entrou em confinamento em meados de março, ordenando o encerramento das escolas e dos estabelecimentos comerciais considerados não essenciais.
Também na Alemanha houve registo de protestos contra as restrições impostas pelo Governo para combater a pandemia. Em Estugarda e em Berlim, milhares de pessoas, sem respeito pelas regras de distanciamento social, juntaram-se para contestar as medidas, obrigando à intervenção da polícia para conter o ânimos.
De acordo com a agência Reuters, as pessoas gritavam "Quero a minha vida de volta".
A Alemanha já começou a aliviar as restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19, mas a responsabilidade de decidir as medidas a tomar está nas mãos dos governos regionais.
Em Londres, o protesto foi de menor dimensão e juntou cerca de meia centena de pessoas perto da ponte de Westminster. De acordo com os relatos da Sky News, a polícia marcou presença no local e tentou dissuadir os manifestantes.
Tedros Adhanom insiste que o desconfinamento deve (...)
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 274 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.126 pessoas das 27.406 confirmadas como infetadas, e há 2.499 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.