13 mai, 2020 - 00:48 • Redação
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A OMS disse na terça-feira que alguns tratamentos parecem ter o efeito de limitar a gravidade ou a duração da Covid-19 e que está focada em aprender mais sobre quatro ou cinco dos mais promissores.
A organização está a liderar uma iniciativa global com o objetivo de desenvolver uma vacina segura e eficiente, bem como testes e medicamentos que possam prevenir, diagnosticar e tratar a Covid-19.
“Temos visto alguns tratamentos que estão em fases muito preliminares de estudo, que limitam a gravidade ou a duração da doença, mas não temos visto anda nada que mata ou trava o vírus”, afirmou esta terça-feira a porta-voz da organização Margaret Harris, numa conferência de imprensa.
“Temos dados potencialmente positivos mas precisamos de ver mais para estarmos 100% confiantes de que um é preferível em relação a outro”, acrescentou, dizendo que está prevista mais investigação.
Harris não disse a que estudos se refere, mas a Gilead Science Inc tem dito que o seu medicamento remdesivir tem ajudado a melhorar as perspetivas de doentes com Covid-19.
Resultados de testes clínicos sobre o remdesivir feitos no mês passado geraram esperanças de que possa ser um tratamento eficaz. Vários estudos sugerem ainda o potencial de combinações de medicamentos retrovirais.
Um estudo divulgado o mês passado em Hong Kong mostrou que uma mistura de três retrovirais ajudava a aliviar os sintomas de doentes com Covid-19 em grau leve ou moderada, reduzindo significativamente a quantidade de vírus nos seus sistemas.
O estudo, que envolveu 127 pacientes, comparou os que tinham tomado a mistura de lopinavir-ritonavir, ribavirin e interferon beta, usados respetivamente para combater o HIV, a hepatite e esclerose múltipla, com um grupo de controlo a quem apenas tinha sido dado o primeiro.
Um tratamento para a malária, que chegou a ser apresentado pelo Presidente Donald Trump como um grande trunfo no combate à Covid voltou, todavia, a não revelar benefícios para doentes hospitalizados com a infeção, segundo um estudo feito em maio.
Embora o estudo seja limitado, os médicos relataram que o uso de hidroxicloroquina não diminui a necessidade de assistência respiratória nem o risco de morte.
Falando a partir da sede da OMS, em Genebra, a porta-voz da organização alertou para as expetativas em torno de uma vacina, dizendo que os coronavírus são “vírus muito difíceis” para os quais é complicado desenvolver uma vacina.
Neste momento existem mais de 100 potenciais vacinas em desenvolvimento, vários dos quais já estão na fase de testes clínicos, mas a organização avisou em abril que uma vacina pode levar pelo menos 12 meses a produzir.
[Notícia atualizada às 02h05]