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Trump insinua que quer ficar na Casa Branca mais 13 anos

14 mai, 2020 - 23:34 • Lusa

A Constituição americana proíbe um Presidente de cumprir mais do que dois mandatos completos à frente dos destinos dos Estados Unidos.

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O presidente norte-americano insinuou esta quinta-feira que poderia prolongar-se no poder durante mais nove ou 13 anos, o que iria contra a Constituição, que só admite um máximo de oito anos, quando se aproxima a data das eleições presidenciais.

Donald Trump fez estas declarações durante uma deslocação a uma fábrica de produtos médicos em Allentown, no Estado da Pensilvânia, onde garantiu que o seu antecessor, Barack Obama, que foi Presidente entre 2009 e 2017, é o culpado por os EUA não terem máscaras e ventiladores suficientes no início da pandemia do novo coronavírus.

De imediato, prometeu: "Nunca mais nenhum Presidente vai herdar prateleiras vazias ou produtos caducados, pelo menos esperemos que até dentro de cinco anos, como estão a dizer, quiçá nove anos, quiçá 13 anos, mas nunca teremos que lidar com estantes vazias ou umas Forças Armadas desarmadas".

O mandato de Trump começou em janeiro de 2017 e acaba no mesmo mês de 2021, se bem que se conseguir a reeleição em novembro, portanto, se derrotar o possível candidato democrata Joe Biden, teria um segundo mandato, de janeiro de 2021 a janeiro de 2025.

A Constituição dos EUA estabelece que o mandato de qualquer Presidente dura quatro anos e só pode apresentar-se à reeleição uma única vez, pelo que seria inconstitucional apresentar-se a mais dois ou três mandatos.

Em outras ocasiões, Trump mencionou o seu desejo de se manter no poder além do estabelecido na Constituição e, durante as eleições presidenciais de 2016, ameaçou não aceitar os resultados eleitorais se dessem a vitória à sua adversária, Hillary Clinton.

Na fábrica da Pensilvânia, Trump não tinha colocado qualquer máscara.

O inquilino da Casa Branca apoucou o seu presumível rival democrata, Joe Biden, a quem insultou, chamando-lhe “Sleepy Joe” (Joe Ensonado) e assegurou que, durante anos, o Governo norte-americano esteve controlado por "um monte de internacionalistas, que não sabiam o que estavam a fazer", e que, no seu entender, davam prioridade ao mundo, em vez de ao povo norte-americano.

"Comigo vai ser sempre EUA primeiro", repetiu, por várias vezes.

Nos últimos dias, Trump aumentou os seus ataques na rede social Twitter contra Biden e Obama.

O ex-Presidente qualificou há dias a resposta do seu sucessor à pandemia como "um desastre caótico".

Esta foi a crítica mais dura de Obama a Trump, que se tem mantido em segundo plano, mas que voltou esta quinta-feira a expressar-se na Twitter com uma mensagem com única palavra, que ganhou muita popularidade: "Vote" ("Votem", em Inglês).

Enquanto a batalha política se intensifica, os EUA continuam a ser o principal foco da pandemia, em termos absolutos, com mais de 1,4 milhões de casos e, pelo menos, 84 mil mortos, segundo a contagem da Universidade John Hopkins.

Comentários
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  • José J Cruz Pinto
    15 mai, 2020 Ílhavo 06:04
    Só se for fechado num solário, e depois de lhe injectarem desinfectante!

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