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Secretário-geral OMS promete inquérito à sua atuação na pandemia

18 mai, 2020 - 14:27 • Dina Soares

​Tedros Adanom reconhece que a OMS tem que tirar lições da crise provocada pelo novo coronavírus, mas aconselha todos os países e organizações a fazerem o mesmo.

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O secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta segunda-feira que irá promover uma avaliação independente à forma como lidou com a crise do novo coronavírus “assim que for apropriado”, comprometendo-se em prestar contas com total transparência.

“Todos temos lições a aprender com esta pandemia. Cada país e cada organização devem analisar as suas respostas e tirar ilações desta experiência”, declarou. Tedros Adanom, na abertura da Assembleia da organização que lidera.

Agradeceu também aos oradores presentes o seu apoio à OMS nesta época crítica. Acrescentando que este inquérito deve avaliar as responsabilidades de todos os atores neste processo.

Considerando que a luta contra esta pandemia ainda está muito longe do fim, Tedros Adanom declarou que o mundo não precisa de outra organização de saúde, mas sim de fortalecer a que já existe.

E dirigindo-se aos países que começam agora a levantar as medidas restritivas adotadas para evitar a propagação da doença, o secretário-geral da OMS alertou esta segunda-feira para os perigos de agir de forma demasiado rápida e sem robustecer os sistemas de saúdes, considerando que uma abertura precipitada coloca os países em risco e pode pôr em causa a sua recuperação.

Adanom referiu, a propósito, os resultados preliminares dos primeiros testes serológicos que mostram que, há países onde menos 20% da população teve contacto com a doença, mas há outros onde essa percentagem não chega aos 10%.

A necessidade de estabelecer com rigor a origem desta pandemia está a ser exigida por 122 países que subscreveram um document no qual é pedida a realização de um inquérito independente, imparcial e abrangente. A China já reagiu, considerando que ainda é cedo para iniciar tal processo.

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