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OMS descarta “cada vez mais” uma segunda grande vaga do novo coronavírus

25 mai, 2020 - 12:04 • Maria João Costa

Diretora de Saúde Pública da OMS apela à população para não relaxar nas medidas de prevenção. María Neira diz que os modelos com que trabalham descartam uma segunda grande vaga do vírus, mas pede prudência.

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A fase que se vive é “muito crítica” reconhece a diretora de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em entrevista à rádio catalã RAC-1, María Neira disse, esta segunda-feira, que a população deve manter uma atitude prudente, mas reconhece que a OMS vê como “cada vez menos provável” uma segunda vaga do vírus com uma virulência semelhante à primeira.

Em cima da mesa na OMS estão “modelos que apontam para uma nova vaga pontual no final uma grande vaga” como a que temos agora, indica a responsável espanhola que acrescenta que “uma segunda vaga “é cada vez mais descartada” pela autoridade internacional da organização.

Embora seja prudente, María Neida reconhece que esta fase em que se vai dando o desconfinamento em muitos países, e em que o epicentro da pandemia se moveu para o continente americano, exige cuidado. “Trata-se de uma batalha diária”, indica a diretora de Saúde Pública.

María Neida fala num trabalho de “bisturi” em que os dados têm de ser analisados à lupa. Numa altura em que as esplanadas e os espaços comerciais voltam a abrir portas, a diretora de Saúde Pública da OMS refere que será a chave para ver como se comporta o vírus e se é necessário fazer ajustes nas medidas implementadas.

“Há uma vigilância epidemiológica muito rigorosa nos países da Europa e temos a tranquilidade para, se houver um novo foco, sejam tomadas medidas” afirma nesta entrevista de pouco mais de 20 minutos à rádio RCA-1.

“Temos de navegar à vista, mas com tudo o que aprendemos nestas semanas - que é muito - e com o que a população aprendeu, será importante para evitar a propagação” refere esta responsável que diz que, neste momento não devemos ter “nem paranoia, nem relaxar, é preciso bom senso”.

“Temos de aprender a conviver com as doenças infeciosas”, concluí María Neira nesta entrevista radiofónica em que explica que no mundo “baixamos muito as cadeias de transmissão e o vírus terá cada vez mais dificuldade em sobreviver”. Ainda assim, esta responsável da OMS diz que é “necessária prudência” ao afirmar-se que pode ser o fim da onda pandémica. “Vale a pena não fazer muitas previsões, porque as próximas semanas são muito críticas.”

Sobre a relação entre as temperaturas e a expansão do vírus, Neira reconhece que a OMS tem “certas dúvidas sobre a relação do vírus com o clima”, embora aponte que o vírus está a “percorrer a geografia que se espera de um vírus que quer sobreviver”.

A responsável que olha para o caso do Brasil como “o segundo país com mais casos” refere que os “números da imunidade são muito baixos, por isso é preciso continuar vigilante na fase de desconfinamento”.

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