28 mai, 2020 - 12:20 • Redação com agências
“Um gigante gentil”. É assim que a família e os amigos recordam o afro-americano morto no início desta semana pela polícia. Os quatro agentes envolvidos no incidente, que ocorreu em Minneapolis, estado de Minnesota, foram despedidos e o caso vai ser investigado pelo FBI.
George Floyd, de 46 anos, trabalhava como segurança num restaurante, onde segundo a CNN desenvolveu a reputação de ser alguém com quem se pode contar e que estava sempre pronta a ajudar.
“Conhecer o meu irmão implicava gostar dele”, afirmou Philonise Floyd em entrevista à estação americana.
“Era um gigante gentil que não fazia mal a ninguém”, descreveu.
Floyd era oriundo de Houston, mas mudou-se para o Minnesota porque arranjou emprego a conduzir pesados.
Esta morte está a provocar protestos violentos em várias zonas do Estados Unidos. Os manifestantes pedem para que os agentes envolvidos sejam levados a tribunal.
A cidade de Minneapolis continua a ser palco de confrontos entre as forças policiais e manifestantes. A polícia usou gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes que atiravam pedras, garrafas de água e outros objetos.
Alguns espaços comerciais foram vandalizados e edifícios incendiados.
O governador local, Tim Walz, fala de uma “situação extremamente perigosa” e apelou à calma.
O caso está a chocar a opinião pública, pois o homem morreu asfixiado depois de um polícia o ter imobilizado e mantido um joelho por cima do seu pescoço durante largos minutos.
O incidente foi filmado por transeuntes e nas imagens ouvem-se várias pessoas a criticar a atuação policial. A própria vítima diz algumas vezes que não consegue respirar e geme de dores, antes de deixar de reagir. Foi declarado morto no local.
A polícia alega que Floyd terá começado por resistir à detenção.