Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Coronavírus

Estado Islâmico diz que coronavírus é a “vingança de Alá contra os infiéis”

28 mai, 2020 - 23:59 • Lusa

Numa mensagem áudio, divulgada pelo porta-voz do grupo jihadista, diz-se que a vingança se deve ao “assédio” contra os muçulmanos em Mossul.

A+ / A-

Veja também:


O grupo terrorista Estado Islâmico disse esta quinta-feira, através dos seus canais de comunicação próprios, que o novo coronavírus é “a vingança de Alá contra os infiéis” e pediu “mais tortura”.

O vírus, responsável pela doença covid-19, que já causou a morte a 355 mil pessoas e infetou mais de 5,7 milhões de outras em todo o mundo (incluindo países islâmicos), é, no entender do grupo fundamentalista, uma resposta aos mais recentes “bombardeamentos” contra “os fiéis” no Iraque e na Síria.

Sem mencionar explicitamente a quem se dirige, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hamza al-Qurashi, faz referência aos “assédios” contra os “muçulmanos” em Mossul (Iraque) e Al-Baguz (Síria), que causaram "morte e destruição” nas alas do grupo.

"Estamos felizes com a tortura do Deus supremo (...) e pedimos-lhe mais tortura (...) a menos que [os infiéis] optem pelo caminho da fidelidade", acrescentou o porta-voz. “Muitos de vós perderam tudo”, congratulou-se ainda.

A mensagem de áudio de 40 minutos, forma de comunicação pouco habitual do grupo, foi divulgada no contexto em que as forças de segurança de Iraque e Síria estão a intensificar os ataques contra posições do grupo, que já não controla o território naqueles dois países onde estabeleceram um “califado” em 2014.

Os ataques contam com o apoio aéreo da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Esta não é a primeira vez que o Estado Islâmico se pronuncia sobre o novo coronavírus. Em 15 de março, o grupo partilhou recomendações para enfrentar a pandemia, que passavam por “ter fé”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+