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Organização Mundial da Saúde

Alemanha e Rússia criticam saída dos EUA da OMS

30 mai, 2020 - 12:51 • Lusa

A Alemanha e a Rússia questionaram, este sábado, a saída dos Estados Unidos da América da Organização Mundial de Saúde (OMS). O Governo alemão considera a saíde um “sério revés para a saúde mundial”.

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A rutura de Washington com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é um “sério revés para a saúde mundial”, alertou, este sábado, o ministro da Saúde alemão, defendendo que agora a União Europeia precisa “comprometer-se mais” financeiramente.

Numa mensagem divulgada, este sábado, no Twitter, o governante alemão Jens Spahn aproveitou para salientar a necessidade de reformar aquela instituição das Nações Unidas.

Jens Spahn insistiu que a União Europeia deve “comprometer-se mais” financeiramente após a decisão do Presidente dos EUA, Donald Trump, de cortar laços com a OMS.

Na sexta-feira, Donald Trump anunciou que terminou o relacionamento entre os Estados Unidos e a Organização Mundial de Saúde, alegando que a OMS não soube responder de forma eficaz ao seu apelo para introduzir alterações no modelo de financiamento, depois de já ter ameaçado cortar o financiamento à organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente com o Governo chinês.

O Governo russo também questionou, este sábado, a saída dos EUA da OMS, considerando que prejudica as relações de cooperação na saúde numa altura crítica devido à situação pandémica causada pelo novo coronavírus.

“Quando o mundo precisa de consolidar esforços na luta contra a pandemia, Washington desfere um golpe no cimento da interação na esfera da saúde”, disse aos jornalistas a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Russia, Maria Zajárova, citada pela agência Interfax.

A representante da diplomacia russa questionou ainda sobre o que vão os Estados Unidos da América dar em troca desta decisão de saída da OMS.

No início deste mês, o Presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu ‘modus operandi’.

Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.

“Porque falharam em fazer as reformas necessárias e requeridas, terminamos o nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde e iremos redirecionar os fundos para outras necessidades urgentes e globais de saúde pública que possam surgir”, disse Trump, em declarações aos jornalistas.

Trump acusou a OMS de ter feito uma gestão ineficaz de combate à pandemia da Covid-19 e de ter sido conivente com o Governo chinês, alegando que Pequim reteve informação relevante sobre a propagação do novo coronavírus, que aumentou os riscos da crise sanitária global.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia da Covid-19 já provocou mais de 362 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos - mais de 102.201 - e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,7 milhões).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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