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EUA. Homem morre atingido por disparos durante protesto pela morte de afro-americano

30 mai, 2020 - 09:02 • Lusa

Um homem de 19 anos foi a vítima mortal de disparos de um carro em andamento, em Detroit, tendo a sua morte sido declarada depois de ter sido transportado para o hospital.

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Uma pessoa morreu depois de alguém que seguia num carro ter disparado sobre uma multidão de pessoas que protestavam contra o homicídio do afro-americano George Floyd pela polícia, indicou uma porta-voz da polícia de Detroit.

O tiroteio ocorreu por volta das 23:30 de sexta-feira, junto à zona de diversão de Greektown, em Detroit, onde dezenas de pessoas protestavam contra o homicídio do afro-americano George Floyd pela polícia, segundo referiu a mesma porta-voz, Nicole Kirkwood, citada pela Associated Press, indicando que não houve envolvimento de um agente da polícia no tiroteio.

Um homem de 19 anos foi a vítima mortal destes disparos, tendo a sua morte sido declarada depois de ter sido transportado para o hospital.

De acordo com a porta-voz, o suspeito dos disparos parou o carro na zona onde decorriam os protestos e começou a disparar contra a multidão.

Milhares de pessoas concentraram-se, ao início da noite de sexta-feira, em várias cidades norte-americanas em protesto pela morte do afro-americano George Floyd, às mãos da polícia, na passada segunda-feira.

No centro de Atlanta, no sudeste do país, perto da sede da cadeia de televisão CNN, grupos de manifestantes destruíram lojas e a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo, de acordo com imagens difundidas pelas televisões.

Alguns manifestantes atiraram pedras contra o edifício da CNN e vários veículos da polícia em estacionamentos foram atingidos por pedras e outros objetos contundentes. Pelo menos um foi incendiado.

Na área metropolitana de Minneapolis e de Saint Paul, cidades separadas pelo rio Mississippi, centenas de manifestantes cortaram uma ponte, onde se concentraram em protesto contra o recolher obrigatório imposto a partir do anoitecer na sexta-feira e durante todo o fim de semana.

Nos últimos três dias, estas manifestações de protestos resultaram em pilhagens, incêndios de veículos policiais e confrontos com agentes.

Na origem dos protestos está a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, às mãos da polícia, depois de ter sido detido sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) num supermercado de Minneapolis.

Nos vídeos feitos por transeuntes e difundidos 'online', um dos quatro agentes, que participaram na detenção, tem um joelho sobre o pescoço de Floyd, durante minutos.

Os quatro foram já despedidos da força policial e o agente Derek Chauvin foi acusado de assassínio e homicídio involuntário. A mulher já anunciou o divórcio após os acontecimentos.

Em comunicado, a família de Floyd saudou a detenção do agente, apesar "de tardia" e insuficiente: "queremos uma acusação de homicídio voluntário premeditado e queremos que os restantes agentes sejam detidos".

As autoridades de Minneapolis e do estado do Minnesota fizeram já vários apelos à calma, mas o governador do estado, o democrata Tim Walz, ativou na quinta-feira a Guarda Nacional norte-americana para garantir a segurança de estabelecimentos comerciais e de edifícios na área metropolitana.

Também em Washington, um protesto pacífico resultou em confrontos entre manifestantes e a polícia e agentes dos Serviços Secretos, na sequência da detenção de pelo menos duas pessoas. Os manifestantes também atiraram garrafas de plástico contra as forças de segurança.

A imprensa norte-americana registou incidentes durante protestos em Brooklyn (Nova Iorque), em Charlotte (Carolina do Sul) em Houston (Texas), entre outras cidades.

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