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Pentágono ordena ao Exército dos EUA para estar pronto a agir em Minneapolis

30 mai, 2020 - 07:36 • Lusa

Os soldados receberam ordens para estar prontos em quatro horas. As ordens de preparação foram enviadas verbalmente na sexta-feira, depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir ao secretário de Defesa Mark Esper opções militares.

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O Pentágono tomou a rara decisão de ordenar ao Exército que colocasse unidades da polícia militar dos EUA em alerta, prontas para agir em Minneapolis, onde o homicídio do afro-americano George Floyd pela polícia provocou protestos generalizados.

Os soldados de Fort Bragg, na Carolina do Norte, e Fort Drum, em Nova Iorque, receberam ordens para estarem prontos para serem enviados dentro de quatro horas, se chamados, disseram à agência de notícias Associated Press três fontes com conhecimento direto dos pedidos e que pediram para não serem identificadas.

Os soldados em Fort Carson, no Colorado, e Fort Riley, no Kansas, devem estar prontos dentro de 24 horas.

As ordens de preparação foram enviadas verbalmente na sexta-feira, depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir ao secretário de Defesa Mark Esper opções militares para ajudar a conter a agitação em Minneapolis, após os saques e incêndios registados em algumas partes da cidade.

Trump fez o pedido por telefone a partir da Sala Oval na noite de quinta-feira.

Milhares de pessoas concentraram-se, ao início da noite de sexta-feira, em várias cidades norte-americanas em protesto pela morte do afro-americano George Floyd, às mãos da polícia, na passada segunda-feira.

No centro de Atlanta, no sudeste do país, perto da sede da cadeia de televisão CNN, grupos de manifestantes destruíram lojas e a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo, de acordo com imagens difundidas pelas televisões.

Alguns manifestantes atiraram pedras contra o edifício da CNN e vários veículos da polícia em estacionamentos foram atingidos por pedras e outros objetos contundentes. Pelo menos um foi incendiado.

Na área metropolitana de Minneapolis e de Saint Paul, cidades separadas pelo rio Mississippi, centenas de manifestantes cortaram uma ponte, onde se concentraram em protesto contra o recolher obrigatório imposto a partir do anoitecer na sexta-feira e durante todo o fim de semana.

Nos últimos três dias, estas manifestações de protestos resultaram em pilhagens, incêndios de veículos policiais e confrontos com agentes.

Na origem dos protestos está a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, às mãos da polícia, depois de ter sido detido sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) num supermercado de Minneapolis.

Nos vídeos feitos por transeuntes e difundidos 'online', um dos quatro agentes, que participaram na detenção, tem um joelho sobre o pescoço de Floyd, durante minutos.

Os quatro foram já despedidos da força policial e o agente Derek Chauvin foi acusado de assassínio e homicídio involuntário. A mulher já anunciou o divórcio após os acontecimentos.

Em comunicado, a família de Floyd saudou a detenção do agente, apesar "de tardia" e insuficiente: "queremos uma acusação de homicídio voluntário premeditado e queremos que os restantes agentes sejam detidos".

As autoridades de Minneapolis e do estado do Minnesota fizeram já vários apelos à calma, mas o governador do estado, o democrata Tim Walz, ativou na quinta-feira a Guarda Nacional norte-americana para garantir a segurança de estabelecimentos comerciais e de edifícios na área metropolitana.

Também em Washington, um protesto pacífico resultou em confrontos entre manifestantes e a polícia e agentes dos Serviços Secretos, na sequência da detenção de pelo menos duas pessoas. Os manifestantes também atiraram garrafas de plástico contra as forças de segurança.

A imprensa norte-americana registou incidentes durante protestos em Brooklyn (Nova Iorque), em Charlotte (Carolina do Sul) em Houston (Texas), entre outras cidades.

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