01 jun, 2020 - 11:58 • Maria João Costa , com Lusa
É a resposta da China aquilo que Donald Trump disse na sexta-feira. Três dias depois do presidente americano ter anunciado que os Estados Unidos vão interditar a entrada de cidadãos chineses no território, por representarem “risco” de segurança para o país, a China fala em “contra-ataque”.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China advertiu esta segunda-feira que "qualquer declaração ou ação que prejudique os interesses da China terá um firme contra-ataque".
A China prometeu assim retaliar contra a decisão dos Estados Unidos que visa não só, limitar a entrada de cidadãos chineses no seu território, como impor sanções comerciais a Hong Kong.
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A medida anunciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, pode afetar entre outros, estudantes chineses ligados a universidades vinculadas às forças armadas da China ou quadros do Partido Comunista Chinês.
Trump pediu ainda ao seu governo que acabe com medidas comerciais preferenciais concedidas a Hong Kong, depois de Pequim ter aprovado uma controversa lei de segurança nacional na região semiautónoma.
O líder da Casa Branca pediu também aos seus funcionários que investiguem empresas chinesas listadas nas praças financeiras norte-americanas.
Os Estados Unidos passaram nos últimos anos a definir a China como a sua "principal ameaça", apostando numa estratégia de contenção das ambições chinesas, que se traduziu já numa guerra comercial e tecnológica e várias disputas por influência no leste da Ásia.
A Marinha norte-americana reforçou ainda as patrulhas no Mar do Sul da China, reclamado quase na totalidade por Pequim, apesar dos protestos dos países vizinhos. Washington tem vindo a reforçar os laços com Taiwan, que se assume como uma entidade política soberana, contra a vontade de Pequim e que ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.
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