03 jun, 2020 - 19:18 • Filipe d'Avillez
Os três polícias que estiveram presentes durante a detenção de George Floyd, efetuada por um quarto polícia, que acabou por o matar, vão ser acusados.
Quatro polícias foram chamados ao local, em Minneapolis, depois de um lojista ter telefonado a queixar-se de um homem que tinha tentado comprar cigarros com uma nota de 20 dólares falsa. Durante a detenção o suspeito, um afro-americano de 46 anos chamado George Floyd, foi imobilizado enquanto um agente policial se colocou por cima dele, com um joelho a pressionar o seu pescoço.
Apesar dos apelos do próprio, que disse que não conseguia respirar, e de vários transeuntes que filmaram a cena, o agente manteve-se assim durante oito minutos, o que resultou na morte de Floyd por asfixia.
Os quatro agentes foram imediatamente afastados da polícia e dias mais tarde Derek Chauvin foi acusado formalmente de homicídio. Esta quarta-feira essa acusação foi elevada a homicídio em segundo grau, ou seja, homicídio voluntário não premeditado.
Os outros três agentes que estiveram presentes mas não tentaram impedir o seu colega de matar Floyd vão ser acusados de cumplicidade.
No início desta semana o chefe da polícia de Minneapolis já tinha afirmado que, a seu ver, os outros agentes envolvidos eram cumplices na morte de George Floyd.
A morte de Floyd motivou uma onda de protestos que degeneraram em vários dias de violência e motins em vários pontos dos Estados Unidos, dos quais já resultaram mais uma mão cheia de mortos. Houve ainda protestos em vários outros países, em solidariedade.
[Notícia atualizada às 19h44]