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​Covid-19

Bolsonaro e Putin acordam cooperação para combate à pandemia

15 jun, 2020 - 19:00 • Lusa

Segundo a Universidade Johns Hopkins, o Brasil regista o segundo maior número de mortes e de casos de Covid-19 no mundo, apenas superado pelos Estados Unidos. Por sua vez, a Rússia ocupa o terceiro lugar em número de contágios e o 13.º lugar em termos de vítimas mortais.

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Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Rússia, Vladimir Putin, acordaram esta segunda-feira, numa conversa telefónica, cooperar no combate à pandemia de covid-19 nos seus países, dois dos mais afetados em todo o mundo.

O anúncio foi feito pelo chefe de Estado brasileiro na plataforma Twitter.

“Nesta manhã, conversei com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin. Concordamos em aprofundar ainda mais a cooperação entre nossos países, inclusive no combate à Covid-19”, escreveu Jair Bolsonaro.

Segundo os números da Universidade Jonhs Hopkins, o Brasil regista o segundo maior número de mortes (43.332) e de casos de Covid-19 (867.624) no mundo, apenas superado pelos Estados Unidos.

Por sua vez, a Rússia ocupa o terceiro lugar em número de contágios (536.484) e o 13.º lugar em termos de vítimas mortais (7.081), refere a mesma fonte.

No sábado, o Governo de Putin anunciou que irá iniciar, em julho, os ensaios clínicos, com seres humanos, de uma vacina contra o novo coronavírus, pretendendo começar a produzi-la em grande escala a partir de setembro.

Moscovo refere que dez centros científicos do país estão a trabalhar no desenvolvimento da vacina e de medicamentos para combater a doença.

De acordo com os dados oficiais, o número de casos de covid-19 em solo russo diminuiu significativamente desde o pico, em maio.

Por outro lado, o Brasil verifica um aumento diário, sendo que o pico da curva de infeção é esperado para julho.

Apesar disto, governos regionais e municipais iniciaram processos de cancelamento ou suspensão das medidas de confinamento e distanciamento social que tinham sido impostas.

Bolsonaro sempre se mostrou contra o confinamento, alegando que a suspensão de atividades económicas pode provocar mais mortes que a própria doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2.

No ‘tweet’, Bolsonaro refere que falou com Putin também sobre a próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS, um fórum de coordenação política que integra grandes economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Tratamos também dos resultados que queremos atingir na próxima Cimeira do BRICS, em São Petersburgo”, escreveu Bolsonaro.

A cimeira estava inicialmente prevista para junho, mas Putin anunciou, no mês passado, que esta seria adiada para uma data ainda por determinar devido à pandemia.

Em novembro, durante uma reunião oficial em Brasília, os dois chefes de Estado anunciaram várias iniciativas de cooperação nas áreas da energia, tecnologia espacial e biotecnologia.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 433 mil mortos e infetou mais de 7,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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