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​Pequim fecha escolas e universidades após novo surto de Covid-19

16 jun, 2020 - 18:50 • Lusa

Cidade passa agora do terceiro para o segundo nível de emergência, depois da deteção de dezenas de casos de Covid-19.

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A cidade de Pequim vai voltar a encerrar todas as suas escolas e universidades, anunciaram esta terça-feira as autoridades locais, após um recrudescimento dos casos do novo coronavírus na capital chinesa.

A vice-secretária-geral do governo municipal de Pequim, Chin Bei, disse numa conferência de imprensa que a cidade passa agora do terceiro para o segundo nível de emergência, no qual as comunidades de vizinhos vão comprovar a identidade e o estado de saúde dos residentes, assim como medir-lhes a temperatura.

Além da suspensão de todas as aulas presenciais, os residentes são aconselhados ao teletrabalho e as comunidades em áreas de risco "alto" -- com casos confirmados ou que tiveram contacto com o mercado onde surgiu o surto -- ficam seladas.

As autoridades pediram também aos habitantes da capital que não saiam da cidade.

Pequim diagnosticou mais de 100 casos da covid-19 desde sexta-feira, após a deteção de um surto no principal mercado abastecedor da capital, fazendo temer uma nova onda de contaminação quando parecia que o país já tinha conseguido conter o vírus.

Um porta-voz da capital chinesa, Xu Hejian, admitiu hoje que a situação epidémica em Pequim é "extremamente grave" e que a cidade está numa "corrida contra o tempo".

Com 21 milhões de habitantes, a cidade aumentou, entretanto, a sua capacidade de triagem diária para mais de 90.000 pessoas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira que acompanha "muito de perto" a situação em Pequim, adiantando estar a considerar enviar especialistas para Pequim nos próximos dias.

O coronavírus que causa a covid-19 apareceu no final de 2019 no centro da China, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o planeta.

A pandemia já provocou mais de 436 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência France Presse.

Em Portugal, morreram 1.522 pessoas das 37.336 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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